<p>Uma mulher de nacionalidade inglesa que saiu para um passeio nocturno na praia da Fuseta, em Olhão, acabou por ter de ser resgatada pela Polícia Marítima durante a madrugada desta quinta-feira. Surpreendida pela subida da maré, não conseguiu sair pelos próprios meios de um edifício desocupado.</p>
Corpo do artigo
O alerta foi dado cerca das 2.30 horas por uma residente da localidade piscatória que ouviu gritos de socorro. Acabou por ser esta moradora a telefonar para o 112, que, por sua vez, alertou a GNR. Como na altura não foi possível apurar se os pedidos vinham de terra ou do mar o caso também foi comunicado ao Departamento Marítimo.
"Como tínhamos uma patrulha da PM e uma lancha nas imediações, deslocamo-las para o local referenciado", explicou o comandante da Capitania de Olhão, Ricardo Arrabaça.
Ali chegados os polícias encontraram a mulher, com cerca de 30 anos, dentro do edifício, que, entretanto já estava rodeado pela água. "O salvamento não foi difícil. Bastou encostar a embarcação à rampa e a senhora saiu pelo próprio pé. Não tinha quaisquer ferimentos", acrescentou aquele responsável. Já a salvo, a turista, hospedada no Parque de Campismo da Fuseta com o marido, explicou que, anteontem, depois de jantar com o marido, saiu sozinha para um passeio pelo areal da Praia dos Tesos, situada do lado da ria Formosa e a poucos metros do parque. Resolveu, então, entrar num edifício, um antigo posto do Instituto de Socorros a Náufragos, agora propriedade do Clube Náutico da Fuseta, que está votado ao abandono. Na altura a maré ainda estava vazia, mas encheu sem que a mulher se apercebesse.
A estrutura foi construída no areal e quando a maré sobe fica parcialmente submersa. A água, no entanto, nunca chega a entrar no edifício, assente em estacas e com um acesso através de uma rampa.
Ao que o JN apurou junto de vários campistas, o casal foi visto a discutir durante o jantar enquanto ingeria bebidas alcoólicas. No final, a mulher saiu sozinha para passear enquanto que o marido ficou sozinho no parque.
Este confessou posteriormente que já tinha dado pela falta da companheira, mas não alertou as autoridades. Algo que a mulher também não pôde fazer, já que não tinha telemóvel.