Perguntamos aos candidatos à Câmara de Barcelos quais são as soluções que propõem para os problemas no trânsito e quais são as políticas de habitação.
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2. O trânsito em Barcelos tem-se tornado cada vez mais caótico, especialmente nas horas de ponta. Que soluções concretas propõe para melhorar a mobilidade e reduzir os congestionamentos na cidade e nos acessos à cidade?
1. Como em todas as grandes cidades, nas horas de ponta a circulação torna-se mais difícil. Mas isso também reflete o maior dinamismo do concelho, que entre 2021 e 2024 viu crescer significativamente o número de automóveis. Temos respostas no terreno: reforçámos as carreiras dos TUBA – Transportes Urbanos de Barcelos, que registam recordes de passageiros; estamos a concluir o Fecho da Circular Urbana, aguardado há mais de 30 anos, e projetamos duas novas variantes estruturantes.
2.Barcelos não é uma exceção no contexto nacional e sofre da mesma escassez de oferta habitacional. Estamos a atuar em várias frentes: o Município tem em curso um programa de aquisição e construção de habitação a custos acessíveis e mantém medidas de apoio direto ao pagamento da renda para famílias muito carenciadas. Esperamos também que as novas políticas públicas de habitação do Governo reforcem a resposta nacional a este problema.
1. Segundo o Global Traffic Scorecard 2024, Barcelos é o quinto concelho a nível nacional onde as pessoas perdem mais horas presas no trânsito. É necessário continuar a aposta nos transportes coletivos e nos meios de deslocação suaves, melhorar as acessibilidades na área urbana, redefinir as travessias do rio Cávado, construir novas vias de trânsito, implementar parques de estacionamento e zonas de trânsito limitado, reorganizar a estrutura do trânsito e estabelecer um programa de melhoria das estradas e caminhos municipais em todo o concelho.
2. A criação e implementação do programa 1.° Direito, pelos governos do PS, é o melhor modelo de intervenção direta do Estado e das autarquias na construção de habitação acessível. Na falta ou na diminuição de verbas da União Europeia, o Município de Barcelos deve ter um programa devidamente orçamentado para continuar a criar habitação acessível para os jovens e para as pessoas que mais necessitam.
1. Neste âmbito, propomos, com caráter de urgência, a construção de um túnel rodoviário para evitar a passagem ferroviária em Arcozelo, a construção de variantes rodoviárias às Estradas Nacionais 205, entre Tamel S. Veríssimo e Areias S. Vicente, e 204, entre Arcozelo e Lijó, assim como o alargamento da circular de Barcelos, de duas para quatro faixas de rodagem, entre o nó da variante à N103 em Vila Frescainha S. Martinho e o nó da portagem de Barcelos à A11.
2. As nossas propostas para resolver este problema dirigem-se, por um lado, aos jovens e à classe média, através da revisão do PDM, para facilitar a construção, e da constituição de cooperativas de habitação de arrendamento, que permitirão aos cooperantes ter casa mediante o pagamento de uma renda entre os 200€ e os 300€ mensais (T2 a T4). Por outro lado, para as classes mais desfavorecidas, propomos a construção pela autarquia de 200 casas de habitação social.
1. O trânsito caótico em Barcelos com pára-arranca constante, falta de estacionamento e segunda fila afetam a qualidade de vida e a economia local. A Iniciativa Liberal propõe soluções concretas: parques de estacionamento subterrâneos, políticas de estacionamento dinâmicas, melhor fiscalização e reorganização do trânsito. Defendemos mobilidade inteligente com recurso às novas tecnologias, e projetos como o metro Barcelos-Braga-Guimarães. Mobilidade eficiente é liberdade, progresso e qualidade de vida.
2. Em Barcelos, como no resto do país, jovens e famílias enfrentam grandes dificuldades para encontrar habitação acessível. A Iniciativa Liberal propõe para Barcelos, um mercado dinâmico, com menos burocracia e mais liberdade para construir. Defendemos licenciamento rápido, revisão do PDM e fim dos entraves à iniciativa privada. Só assim será possível aumentar a oferta e baixar preços. Queremos um concelho onde viver bem seja uma escolha real — não um privilégio.
1. A solução exige uma intervenção multifacetada: reforço dos transportes públicos (ferroviário e rodoviário) e da mobilidade suave, pela requalificação da central de camionagem, pela criação de bolsas de estacionamento fora da área urbana e de estacionamento subterrâneo na cidade, pela aposta em pontos de escoamento rápido de viaturas do centro urbano e pelo desenvolvimento de circuitos diferenciados de circulação na cidade regulados por mecanismos inteligentes (semáforos, etc..) do tráfego.
2. Para atingir o objetivo, recomenda-se: a atualização do Regime de Apoio ao Arrendamento Urbano, adequando-o à realidade; a criação de incentivos fiscais (isenções e reduções de taxas) para a reabilitação de edifícios destinados ao arrendamento acessível; reabilitar/adaptar edifícios municipais para habitação, investimento em habitação pública, através da construção de novas casas e da aquisição de imóveis existentes, revisão do PDM orientando-o para construção de habitação própria e permanente.
1. Enquanto barcelense, conheço bem os constrangimentos do trânsito, especialmente nas horas de ponta. Acredito que há medidas concretas que podem fazer a diferença, desde a construção de uma passagem desnivelada em Arcozelo, uma via circulante na Rotunda do Andorinha, a reformulação dos acessos ao Mercadona e mais parques periféricos. Defendo também o reforço da rede TUBA e a revisão dos semáforos nas zonas com maior fluxo. Acrescento ainda que as obras no nó de Santa Eugénia, apesar de tardias, podem ajudar a aliviar o tráfego na travessia da Ponte Nova, servindo como alternativa válida para quem entra pela A11.
2. O município deve construir e requalificar casas para arrendar ou vender a preços justos, sem interesses partidários. Defendo a descentralização da habitação social, com pequenos núcleos em freguesias menos povoadas, e o alargamento da isenção de taxas para quem constrói de forma ordenada. Habitação não pode ser um privilégio — deve ser um direito garantido a todos.