Doze funcionários da Tasca do Tuga chocados após terem sido mandados de férias.
Corpo do artigo
Doze funcionários da Tasca do Tuga, que funciona no interior do Hotel S. Lázaro, em Bragança, dizem que anteontem, segunda-feira, foram informados via email que a empresa MRSilveira, proprietária da unidade e do restaurante, "deu entrada no tribunal com um pedido de insolvência da Lptugas, da qual é sócia, alegando que não haverá condições para dar seguimento à atividade", explicou Luís Quissak, funcionário e porta-voz do grupo.
Este trabalhador contou que trabalha no Hotel S. Lázaro, onde estava instalada a Tasca do Tuga, há mais de um ano e meio. "Agora somos 12 famílias desamparadas. Dois dias antes fomos colocados de férias e não recebemos mais informação. Levantaram a Tasca do Tuga, retiraram tudo, até a esplanada. Não recebemos mais aviso nenhum e estamos desprevenidos, sem dinheiro. Não recebemos nada", lamentou Quissak.
A MR. Silveira Hotels é proprietária do Hotel São Lázaro e sócia da Lptugas, que exerce a sua atividade na Tasca do Tuga. "Este mês já estamos sem vencimento. Não temos respostas", referiu Quissak. Os funcionários deslocaram-se hoje à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT).
A direção da MR. Silveira Hotels explicou ao JN que "quem pediu a insolvência foi a própria LP Tugas, Lda", no dia 19 de setembro, no Tribunal de Bragança. A direção sublinhou que "não se encontra em insolvência e mantém-se financeiramente saudável e operacional".
Segundo a MR. Silveira, a LP Tugas foi adquirida em novembro de 2024 "já numa situação financeira muito fragilizada e com sinais de insolvência". Desde então, referem os responsáveis, "os salários e muitas das despesas correntes foram suportados pela MR. Silveira Hotels, numa tentativa de recuperação".
Sobre os trabalhadores, a MR. Silveira garante que os contratos não cessam automaticamente com a insolvência. "Todos os créditos salariais serão apurados no processo e estão salvaguardados pela lei, nomeadamente através do Fundo de Garantia Salarial, que assegura o pagamento de salários e indemnizações em atraso", frisa.
*Notícia corrigida: ao contrário do que o JN escreveu inicialmente, o chef Luís Portugal não é sócio do restaurante Tasca Tuga.