A câmara de Valença anunciou esta quinta-feira que instalou um novo sistema de monitorização das muralhas da Fortaleza com vista à avaliação contínua dos fatores de risco.
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Segundo comunicado divulgado pela autarquia, foi feito um investimento de "cerca de 40 mil euros" na instalação de "28 sensores e dispositivos foram colocados em diferentes pontos da fortaleza" para uma análise, "em em contínuo, 24 horas por dia, de sete parâmetros diferentes, permitindo uma gestão atenta e cuidada dos riscos do monumento".
O novo sistema permitirá "registar a temperatura, a humidade, a iluminação, a vibração, a inclinação, a distância e a radiação solar". "A informação é recolhida e enviada para uma central onde os dados são analisados e permitem a deteção imediata de valores que coloquem em risco a conservação do imóvel", informa o município, referindo que os equipamentos foram instalados em "pontos estratégicos, previamente identificados como sendo de risco, como o Baluarte do Socorro e do Carmo, as cortinas entre o Baluarte do Carmo e de São João e entre o Baluarte de Santana e São José, bem como a Porta do Açougue, a Poterna da Fonte da Vila e a Porta da Coroada".
"O município está focado em criar as melhores condições para uma gestão mais cuidada e atenta da fortaleza, principal ex-libris da cidade que temos a obrigação de preservar e salvaguardar", afirmou o presidente da autarquia, José Manuel Carpinteira, citado no comunicado, onde é referido também que a nova rede de sensores "reforçará os sistemas tradicionais inicialmente colocados para análise de fissuras existentes, nos panos de muralha, pela Unidade de Cultura da CCDRN e Património Cultural, I.P. após a queda da muralha, por solicitação da câmara municipal".
Recorde-se que, após chuvas torrenciais de 1 de janeiro de 2023, ocorreu uma derrocada na Fortaleza de Valença, no Baluarte de São José. Mais tarde, nesse mesmo dia, uma das partes do monumento também ruiu, afetando algumas dezenas de metros do pano de muralha com seis metros de altura.