O administrador de insolvência do Instituto Superior de Saúde do Alto Ave, na Póvoa de Lanhoso, reafirmou esta quarta-feira que "o futuro da instituição não está em causa".
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Em reunião com os alunos e docentes o administrador de insolvência da instituição, Nuno Albuquerque, garantiu que "o Instituto Superior de Saúde do Alto Ave não fechará as portas, mesmo que o plano de recuperação da instituição não seja aprovado pelo Tribunal".
A instituição foi criada pela Ensinave, cuja insolvência foi declarada a 30 de Novembro, altura em que as dívidas ascenderem aos 12,5 milhões de euros.
Albuquerque deu conta esta quarta-feira que a votação dos credores da Ensinave quanto ao plano de insolvência por si traçado para recuperar o ISAVE "permite a aprovação" do mesmo, mas que "falta ainda ser homologado pelo Tribunal".
No entanto, garantiu o gestor de insolvência, "o instituto manter-se-á em funcionamento, mesmo que seja decidida a passagem à fase de liquidação do Ensinave".
Isto porque, disse, "a instituição de ensino é auto-sustentável, desde que mantenha os alunos que tem".
Nuno Albuquerque sublinhou que "as propinas pagas pelos alunos são agora aplicadas na instituição" e que, graças a isso, "a escola tem condições para cumprir as suas obrigações financeiras".
O gestor de insolvência afirmou ainda que "foi sempre respeitada a autonomia académica, pedagógica e cientifica da instituição de ensino (...), apesar do processo de insolvência da Ensinave" no que concerne ao ISAVE.
Neste momento, assegurou Nuno Albuquerque, "não há facturas em atraso".
O Instituto Superior de Saúde do Alto Ave tem cerca de 825 alunos e 105 funcionários, dos quais 69 são docentes, e ministra nove cursos de licenciatura, cinco de pós-graduação e um de doutoramento.