Integração: "Agora dão valor à pessoa Ludmila e não a uma mulher imigrante"
Projeto coordenado pelo ISCAP ajudou a integrar centenas de mulheres de países terceiros.
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Ludmila Fagir tinha 25 anos quando deixou Moçambique e chegou a Portugal. Aos 28, ingressou no Instituto Superior de Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP) para se licenciar em Recursos Humanos. Mas, enquanto imigrante, deparou-se com muitas dificuldades para encontrar informações e apoios para, findos os estudos, entrar no mercado de trabalho. Até que, em conversa com uma professora, conheceu o projeto ENFEM, que seria vital na sua integração.
O programa internacional de apoio à integração de mulheres de países terceiros (fora da União Europeia e do espaço económico europeu) nas comunidades locais foi desenvolvido pelo ISCAP e permitiu auxiliar 800 pessoas. A instituição - a que tem mais estudantes estrangeiros no Politécnico do Porto - continua a trabalhar os temas das migrações e da integração. E depois do ENFEM já está a desenvolver, com vários parceiros, outro projeto, "MIGAP - MigrAção no Porto", cujo objetivo é caracterizar os perfis e compreender as vivências de pessoas migrantes residentes no Grande Porto, para identificar as suas principais dificuldades.