Ainda não há resposta ao estudo dos alimentos e água das casas onde esteve menino de sete anos, de Coimbra.
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A Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e o Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses continuam a investigar o que terá provocado a morte de André Martins, de sete anos, em Coimbra, na segunda-feira, não havendo ainda previsão de quando haverá resultados das análises efetuadas. Não têm também conhecimento de mais casos, tendo uma outra criança dormido na casa da família na noite de 7 de dezembro, mas sem lá ter jantado e sem sintomas. A mãe de André, Margarida, continua internada no Serviço de Medicina Intensiva do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), com prognóstico muito reservado.
Contactada esta quarta-feira pelo JN, fonte da ARSC informou que haverá uma informação pública assim que alguma alteração substantiva a justifique, o que não se verifica desde ontem. As análises estão a incidir não só na alimentação (a família comeu almôndegas com arroz branco no jantar de 7 de dezembro), mas também nos produtos químicos e na água canalizada na casa da família, em Celas, Coimbra. Uma quinta da família, em Montemor-o-Velho, e onde passaram o dia de 7 de dezembro, foi também alvo de análises.
A morte de André Martins está também a ser investigada pela Polícia Judiciária, embora não haja indícios de crime. Segundo fonte policial, é um procedimento normal quando há uma morte em circunstâncias não identificadas.
André faleceu no dia 11, três dias depois de ter dado entrada no Hospital Pediátrico de Coimbra e , posteriormente, transferido para a Cirurgia Cardiotorácica. Margarida, de 48 anos, está desde 10 de dezembro no Serviço de Medicina Intensiva, em estado crítico. O pai, Rodolfo, de 44 anos, e o filho mais velho, Manuel, de 12, já tiveram alta mas permanecem em vigilância clínica.
A escola que a criança frequentava tem disponibilizado ajuda psicológica às famílias e às crianças. André Martins jogava futebol na Académica, o que levou o clube a pedir à Federação para ser guardado um minuto de silêncio no próximo jogo da Liga 3, no sábado, frente ao Sporting B.