Pela terceira vez no espaço de um mês e meio, a AMMA Automation e o Crossfit de Leça do Balio ficaram com as instalações inundadas devido a problemas com um coletor de águas pluviais. Câmara de Matosinhos admite que enquanto a obra não estiver concluída o problema poderá persistir.
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O problema começou a 22 de março, quando o coletor de águas pluviais colapsou, originando inundações em várias empresas da zona industrial de Leça do Balio, em Matosinhos. Os danos resultaram em milhares de euros em prejuízos.
Apesar de ser a terceira vez que a situação acontece, num espaço curto de tempo, ainda não há soluções e o espaço de trabalho da AMMA Automation, empresa de venda de componentes para automação industrial ficou repleto de água.
"O problema mantém-se. Instalaram uma bomba de água para não nos inundar o espaço, mas sempre que há algum problema, a pessoa responsável não tem formação para o resolver e andamos sempre nisto", explicou o gerente Guilherme Pires, acrescentando que os prejuízos totais já rondam os 400 mil euros.
Este valor advém do produto que ficou inutilizável devido às inundações, mas também do tempo perdido entre limpezas e impossibilidade de trabalhar. "Estamos também a prejudicar os clientes e isto é uma bola de neve, estamos sempre a perder", concluiu.
O vizinho do lado é o ginásio de Cross Fit Leça do Balio, que também sofre com o mesmo mal. O dono do espaço, Eduardo Silva, lamenta o repetir da situação e revela que a constância da situação tem efeitos negativos para o negócio.
"Não recebemos informação atempada e concreta e temos de viver da compreensão das pessoas. Tenho de compreender que há quem não queira vir treinar com o cheiro que fica no ginásio por causa da água ou ter de adotar caminhos que nem sei quais são para chegar aqui. Já tivemos clientes que não apareceram mais depois da primeira inundação", salientou.
No entanto, pode haver uma luz ao fundo do túnel, uma vez que, segundo Eduardo Silva, a Câmara de Matosinhos "está a criar uma vala de desnivelamento para escoar a água", o que pode ajudar a resolver a situação enquanto a obra não está concluída.
Câmara admite persistência do problema
Por sua vez, segundo fonte da Câmara de Matosinhos destaca a "complexidade da obra de instalação de um coletor de água a 8 metros de profundidade que está na base deste problema", admitindo que a situação poderá repetir-se quando chover intensamente.
Ainda assim, garante que quando as seguradoras das empresas entrarem em contacto com a Câmara, os lesados deverão "ser ressarcidos" pelos danos causados.