Condomínio na Quinta da China, no Porto, tem à venda apartamentos a 1,7 milhões de euros e moradias a 1,9 milhões. Antiga central da EDP também dará lugar a empreendimento de luxo.
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A zona oriental da cidade do Porto vai mudar. Na margem do Douro, no Freixo, há novas construções e projetos. Na Quinta da China, onde viveu a pintora e fotógrafa Aurélia de Souza, está a ser erguido o condomínio Aurios, uma aposta da Mota-Engil de 70 milhões de euros.
A pré-venda já arrancou e os preços são de encher o olho: os apartamentos podem custar 1,7 milhões de euros e as moradias 1,9 milhões.
Para o terreno vizinho, ainda maior, está a ser desenvolvido outro projeto, também para o segmento de rendimentos altos. Preencherá o espaço antes ocupado pela central termoelétrica da EDP. O investimento é estrangeiro e deve rondar 150 milhões de euros. Quando as máquinas forem para o terreno, a primeira fase passará por demolições e pela descontaminação dos solos.
Tipologia de t3+1 a T5
À noite, o reclame luminoso da Aurios faz reluzir a marginal. Quem for para lá morar terá várias mordomias, como ginásio e piscina. A tudo isto há a juntar a excelente localização, a combinar o rápido acesso ao meio citadino e o ambiente bucólico do rio.
Numa área de 15 583 metros quadrados serão criadas 26 moradias e 22 apartamentos de T3+1 a T5, quase todos duplex. O movimento dos operários e da maquinaria é visível no dia a dia. A conclusão está prevista para 2025.
Na paisagem, com topografia acentuada, haverá uma primeira linha de moradias. Um segundo nível contará também com moradias e o terceiro terá um bloco de apartamentos.
A sustentabilidade é uma preocupação: o empreendimento foi pensado para mitigar o impacto ambiental e potenciar a eficiência energética, reduzindo os consumos. O Aurios era uma ambição antiga da Mota-Engil.
Franceses na jogada
A trabalhar o projeto para os terrenos da antiga central da EDP estão os franceses da Ginkgo Advisor, apostados em regenerar zonas industriais bem situadas, como é o caso. A área, delimitada pela Avenida Paiva Couceiro, na marginal, e pelas ruas do Rego Lameiro e do Freixo, abrange 56 mil metros quadrados. O investimento para adquirir e desenvolver o complexo imobiliário deverá rondar 150 milhões de euros, mas a venda das habitações mais do que duplicará este valor.
O quarteirão pertenceu à EDP até 2019, altura em que passou para um grupo de investidores nacionais e estrangeiros. Em 2021 foi adquirido pela Ginkgo Advisor, empresa que opera em França e na Bélgica, e agora avança para Portugal.
RUI MOREIRA
"Revolução urbana em Campanhã"
Em janeiro, o Plano de Urbanização de Campanhã foi apresentado por Rui Moreira ao ministro das Infraestruturas, João Galamba. "Uma revolução urbanística" é o que propõe o autarca, pensando numa "nova centralidade na zona oriental". A reboque do TGV, antecipa que Campanhã "ficará mais atrativa para o investimento público e privado".