<p>Só hoje é que o IP4 deverá reabrir ao trânsito, depois da interrupção da circulação entre os nós de Geraldes e de Padornelo, em Amarante, a meio da tarde de anteontem, terça-feira, por causa do surgimen-to de fissuras no pavimento. </p>
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As chuvadas que caíram, durante o dia de ontem, dificultaram os trabalhos de reparação da via.
Fonte da Somague, empresa concessionária das obras de transformação do IP4 em auto-estrada, explicou ao JN que o corte da circulação "foi uma mera atitude preventiva já que surgiram umas pequenas fissuras no pavimento".
Pelo que o JN conseguiu apurar, as fissuras terão surgido na sequência da movimentação de terras na berma direita do IP4, no sentido Vila Real/Porto. Anteontem, o destacamento de trânsito da GNR de Penafiel indicava que as causas do incidente seriam apuradas por uma avaliação realizada por técnicos.
O troço interdito à circulação é de apenas 1,5 quilómetros, mas obriga os automobilistas a efectuarem a desvio prolongado, com um trajecto sinuoso e mais perigoso do que aquele que se encontra no IP4. Em hora de ponta, o trânsito fica lento. "Meia hora para fazer cerca de três quilómetros", explicou, ao JN, um dos reguladores de trânsito colocados no local para ajudar à orientação dos condutores.
José Rodrigues, camionista de uma empresa de construção civil de Penafiel, foi um dos que, ontem, ao final da tarde, procurou inteira-se junto de quem indicava as alternativas de circulação, para quando estava prevista a reabertura da estrada. A tentativa esbarrou no desconhecimento de quem ali estava a controlar o trânsito: "Disseram-me que ia abrir à meia-noite", atirou o homem, de placa na mão, sem grandes certezas sobre o assunto.
O constrangimento no tráfego trocou as voltas a muitos automobilistas, sendo que nem todos estavam à vontade com as alternativas indicadas. Por exemplo, Joaquim Antunes, automobilista de Mirandela, confessou ao JN que andou pelo menos meia hora às voltas para conseguir chegar ao IP4. "Não conheço esta zona", justificou o condutor.
Já o camionista que seguia para a capital transmontana, para ir buscar uma máquina de terraplanagem, explicou as razões pelas quais preferia viajar pelo IP4.
"É ser mais seguro. Com um camião destes, nas curvas apertadas, é muito perigoso. Precisamos da estrada quase toda para curvar e, por vezes, quem circula em sentido contrário não compreende", lamentou o motorista.