Isabel e o filho Tomás estreiam projeto que acompanha mãe e filho em casa após o parto
Mãe de segunda viagem, Isabel Santos estreou o projeto "Regresso a Casa", uma iniciativa inédita do Hospital de S. João, no Porto, que possibilita o retorno ao lar de mães e bebés 24 horas após o parto, desde que não haja complicações e não seja o primeiro filho da parturiente.
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Foi o caso de Isabel, de 35 anos, que já era mãe de Teresa, de 23 meses, e não se sentiu insegura por voltar para casa, na Maia, mais cedo do que o habitual após dar à luz Tomás, um bebé de 4,6 quilos e 53 centímetros nascido no S. João às 17.46 horas do passado domingo, de parto normal.
"Estava tudo muito recente [do primeiro parto], e não havia necessidade de prolongar a estadia [no hospital]. Viemos para casa na terça-feira ao final da manhã. Antecipamos o regresso em 24 horas, porque o normal seria virmos embora na quarta-feira de manhã", conta Isabel Santos, que já "tinha conhecimento" do projeto-piloto quando deu entrada no hospital.
"Vi a apresentação na televisão, e ia com a esperança de ser uma boa candidata. Entretanto, ele foi-me dado a conhecer na manhã do segundo dia [no hospital]. Foi proposto pelo diretor do Serviço de Neonatologia e pelo pediatra: vieram os dois junto da minha cama, apresentaram o projeto e perguntaram-me se estaria disponível para ser a primeira pessoa a participar", recorda a parturiente, lembrando que esteve sempre "completamente à vontade para aceitar ou não".
A primeira consulta ocorreu na quarta-feira de manhã, no domicílio, tal como está previsto no projeto, que arrancou no Dia Mundial da Criança e prevê a visita, em casa, até 72 horas após o nascimento, de um médico neonatologista e de um enfermeiro, à semelhança da que é realizada em contexto hospitalar.
"Parece-me ótimo. Podermos regressar a nossa casa mais cedo é melhor, porque é o nosso espaço, e voltamos aos nossos ritmos. Além disso, tinha a minha filha em casa, e menos um dia que ela estivesse à minha espera, melhor para a família", diz Isabel Santos, que se sentiu sempre amparada por um contacto telefónico, disponível "para qualquer dúvida", e dá nota positiva ao "Regresso a Casa", de que gostaria de poder usufruir novamente caso venha a ter um terceiro filho.