Isabel, residente na freguesia de Lavra, Matosinhos, sofre de queratocone, doença que deforma as córneas, e que aos 30 anos é a responsável pela sua perda de visão ter atingido os 90%. Há cerca de um ano e meio, que a doente estava inscrita no Hospital Pedro Hispano, aguardando vez para um transplante de córnea.
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Foi graças ao primeiro Banco de Córneas de Cultura em Portugal, criado pela equipa de oftalmologia do Centro Hospitalar Universitário de Santo António, no Porto, que foi possível contactar Isabel de véspera [dados os critérios de prioridade a chamada pode acontecer entre um a três dias antes] para ser operada. Uma cirurgia de 50 minutos, realizada no Centro de Cirurgia Integrada de Ambulatório, promete devolver-lhe uma nova vida. Com a mais-valia de que, passado umas horas, foi para casa.
Embora a criação do primeiro Banco de Córneas de Cultura em Portugal tenha sido anunciada em outubro pelo então ministro da Saúde, Manuel Pizarro, a equipa só começou a realizar transplantes desta natureza este mês, tendo o primeiro acontecido no passado dia 12. Até então, os profissionais estiveram a articular sinergias e a realizar vários ensaios. Já 15 dias depois, foi Isabel que recebeu o terceiro transplante oriundo do Banco de Córneas de Cultura.