Já há cartaz para corrida de touros na Póvoa mas Câmara está inflexível
O Movimento em Defesa das Touradas na Póvoa de Varzim já divulgou o cartaz para a corrida de touros, marcada para dia 21 de julho, na Praça de Touros, e insiste que o evento "vai mesmo realizar-se".
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A Câmara mantém o que já disse: a praça não tem condições de segurança e está sem licenças. Além do mais, o município já se declarou concelho anti-touradas. O diferendo promete acabar em tribunal.
Os cavaleiros são Filipe Gonçalves, Marcos Bastinhas e Moura Caetano e os forcados do Montijo e de Alcochete. Os touros são da ganadaria Paulo Caetano. Será assim, diz o Movimento em Defesa das Touradas na Póvoa de Varzim, a corrida de touros do próximo dia 21 de julho. A organização é da empresa Aplaudir, com o apoio do Movimento, do Clube Taurino Povoense e da PróToiro - Federação Portuguesa de Tauromaquia. O evento, cujo cartaz foi ontem divulgado, está marcado para as 22 horas na Praça de Touros da Póvoa de Varzim.
O edifício é da Câmara e a gestão pertence à empresa municipal Varzim Lazer. Aires Pereira já tinha dito que "foram já feitos testes" e "a estrutura não apresenta condições", pelo que a praça está "sem licenças de funcionamento". A demolição está para breve e o espaço vai dar lugar ao novo multiusos "Póvoa Arena".
Mas os aficionados da tauromaquia já tinham prometido dar luta. "A Câmara não tem poder para proibir as touradas. É um atentado à cultura", disse Rui Porto Maia, porta-voz do Movimento em Defesa das Touradas na Póvoa de Varzim. Sem querer adiantar pormenores sobre a forma como fará prevalecer a sua vontade, a PróToiro promete "agir judicialmente" caso a Câmara não recue. "A Praça não tem nenhum problema. O Estado tem a obrigação de promover e garantir o acesso à cultura e agir contra quem a quer impedir", frisou o secretário-geral da PróToiro, Hélder Milheiro.