As eleições para a liderança do PS de Famalicão ainda não estão marcadas mas já há dois candidatos. Rui Faria, atual presidente da Concelhia famalicense, apresentou esta segunda-feira a recandidatura ao cargo e Eduardo Oliveira apresenta a candidatura na próxima sexta-feira, num jantar com militantes.
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Os estatutos indicam que o ato eleitoral deverá realizar-se na segunda quinzena de janeiro.
Rui Faria, diretor de marketing, comercial e publicitário apontou que uma das linhas de orientação será o processo autárquico com a "dinamização das freguesias e a criação da estratégia para conquistar cada uma delas", e conseguir "conquistar" a Câmara Municipal. Sem querer adiantar muito para já, sobre a estratégia a seguir o candidato notou que haverá uma outra lista candidata. "É sinal que o partido está mais apetecível, e a pluralidade não me incomoda", afirmou.
Por isso, serão "duas visões do partido", aquela que quer "desunir, afastar, discriminar, criticando tudo e todos", e "do outro lado o PS plural onde todos têm lugar". "O PS responsável, que saiba corrigir e fazer melhor", afirmou.
"A diversidade assenta no princípio do respeito, e sinto na outra lista uma discriminação de militantes, e a pluralidade está em causa, e cabe me não permitir a segregação", afirmou. E continuou: "Quando uma candidatura quer implantar se no terreno dizendo que o partido precisa de mudar radicalmente, e para isso é necessário silenciar militantes que desde sempre estiveram no PS exercendo funções políticas, dando o seu melhor contributo para o crescimento do partido, e o discurso é no sentido de silenciar essas pessoas numa lógica do poder pelo poder, eu não posso aceitar este tipo de situações", avançou.
Eduardo Oliveira, enfermeiro de profissão não quis comentar estas acusações. "Não vou enveredar por este tipo de discurso porque o futuro do partido é a união de todos", declarou frisando que o futuro do PS são "todos".
O enfermeiro considera que haver mais do que uma candidatura ao partido "enriquece o PS" porque significa que "há projetos". "São os militantes que vão decidir o futuro partido. As eleições são um ato democrático, e o consenso deve vir depois das eleições para que haja união", afirmou.
Sem querer antever o manifesto que vai apresentar aos militantes na sexta-feira, Eduardo Oliveira focou que a reconquista da Câmara é um dos objetivos a seguir.