A Transportes Metropolitanos do Porto (TMP) e a Via Verde formaram uma parceria que vai permitir aos utilizadores dos transportes públicos da área metropolitana do Porto carregarem o Andante através da aplicação da Via Verde.
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Para conseguir realizar esta operação basta aproximar o título de transporte à parte de trás do telemóvel, onde estão os recetores de NFC. A seguir, poderá processar o carregamento na aplicação, num processo intuitivo para quem está acostumado a fazer pagamentos pelo telemóvel, sendo que o cartão físico ficará carregado no final do procedimento.
O presidente da TMP, Marco Martins, acredita que esta estratégia vai facilitar o carregamento do Andante, nas várias modalidades, bem como evitar os congestionamentos nas lojas físicas, uma realidade que se verifica principalmente no início e final do mês.
"O que queremos é aproximar o Andante do cidadão. O título de transporte já pode ser carregado em vários pontos, mas, quanto mais aproximado do público, mais fácil será a sua utilização. Além disso, queremos generalizar e massificar a utilização do transporte público", explicou Marco Martins.
Para já, este é um projeto-piloto, sem quaisquer custos para os utilizadores. Embora seja uma aposta de presente e futuro, o presidente da TMP garante que "o cartão físico não vai desaparecer", até para facilitar a vida a quem não está tão à vontade com a tecnologia.
Além dos objetivos já definidos, há outras razões para a implementação do projeto, tais como a sustentabilidade ambiental e o acesso aos dados de forma mais facilitada.
"Hoje não largamos o telemóvel e esta aplicação permite que tenhamos mais facilidade em gerir a mobilidade, que estará toda integrada no mesmo sítio. O utilizador conseguirá perceber por onde andou e que custos teve, por exemplo", revelou o CEO da Via Verde, Eduardo Ramos, acrescentando ainda que espera uma adesão de "vários milhares de pessoas nos próximos meses".
Projeto tem nova fase em vista
Embora nesta fase inicial a ideia seja privilegiar a simplicidade, de modo a que as pessoas se habituem a utilizar este método, o projeto tem a etapa seguinte pensada.
"O próximo passo é que o cliente esteja confortável com a aplicação ao ponto de deixar o cartão, para se implementar uma desmaterialização do cartão", concluiu Eduardo Ramos.
Ou seja, num futuro não muito longínquo, prevê-se que seja possível comprar e validar diretamente os bilhetes na aplicação, eliminando a necessidade de suportes físicos. Esta inovação será a forma de promover a digitalização e a sustentabilidade.