A aproximação de mau tempo e a dificuldade de circulação portuária levou a Administração do Porto da Figueira da Foz a avançar com a remoção da traineira naufragada na terça-feira. A operação, que se prevê longa, é efectuada por uma empresa do Seixal.
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A Administração assumiu a operação depois de a seguradora do armador ter condicionado os encargos a uma vistoria ao barco. "Notifiquei o armador para a remoção imediata da traineira, devido à aproximação de condições marítimas e meteorológicas adversas, que podem trazer muitas dificuldades às operações, e por a circulação no porto estar em risco", conta ao JN o comandante do Porto da Figueira da Foz, Malaquias Domingues. Os custos serão depois articulados com a companhia de seguros, enquanto a operação está a ser feita pela empresa Amora Sub, do Seixal.
Os primeiros movimentos junto ao barco naufragado tiveram início por volta das 16 horas, quando um grupo de mergulhadores fez uma primeira vistoria ao local, numa operação que se prolongou por cerca de 35 minutos. As movimentações atrairam a atenção de algumas dezenas de pessoas que foram chegando ao molhe sul da barra da Figueira da Foz (próximo da Praia do Cabedelo), inclusivamente os pescadores envolvidos no naufrágio. No entanto, os pescadores abordados pelo JN optaram por não falar.
Por volta das 18.40 horas começou a ver-se o mastro do barco, tendo os trabalhos prosseguido mesmo sem luz natural. "Até agora não houve nenhuma dificuldade. Vamos prosseguir as operações de remoção enquanto houver condições de segurança, mesmo de noite", explicou Malaquias Domingues, acrescentando que a operação tem de decorrer "o mais rápido que a segurança permitir".
Ao que o JN conseguiu apurar, a equipa de mergulhadores presente no local fez uma previsão de duração dos trabalhos de cerca de 16 horas, pelo que a remoção só deverá ficar concluída hoje de manhã.