Jacintos retirados da Pateira enchem mais do que uma piscina olímpica por ano
Combate à planta infestante na lagoa pesa no orçamento da Câmara de Águeda. Esta semana, chegou uma ceifeira dos Países Baixes, com o quádruplo da capacidade da antiga máquina.
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Os jacintos-de-água retirados da pateira em Águeda dão para encher mais do que uma piscina olímpica por ano. Em média, têm sido arrancados, anualmente, "cerca de 3000 metros cúbicos de jacintos" daquela que é tida como uma das maiores lagoas naturais da Península Ibérica e que foi classificada como Zona Húmida de Importância Internacional pela Convenção de Ramsar. É uma luta constante para minimizar o impacto da planta infestante com grande facilidade de reprodução, que afeta o ecossistema e impede a realização de atividades de lazer. A pateira, que tem cerca de três quilómetros quadrados, já chegou a ter perto de 50% da sua área coberta pelos jacintos.
A Câmara de Águeda tem uma nova ceifeira para retirá-los da lagoa. O equipamento custou cerca de 800 mil euros (dos quais 700 mil foram financiados pelo Fundo Ambiental e o resto pela autarquia aguedense) e tem capacidade para recolher quatro vezes mais plantas do que o equipamento anterior. A nova máquina chegou esta semana dos Países Baixos e é a única do género em Portugal. Pesa cerca de 15 toneladas, mede 16,65 metros de comprimento e tem uma capacidade de carga máxima de 6500 quilos (18 m³), sendo o "maior modelo da série de ceifeiras aquáticas, especialmente concebido para atuar em rios e grandes lagos", revela a Conver, a empresa que fabricou o equipamento.