
Jorge Ricardo tomou posse como presidente da Câmara municipal de Amarante
Foto: António Orlando
O social-democrata Jorge Ricardo tomou posse, esta tarde, como presidente da Câmara Municipal de Amarante para o mandato 2025-2029, numa cerimónia realizada no Cine Teatro de Amarante. Eleito pela coligação Afirmar Amarante (PSD/CDS-PP) com 54,57% dos votos, o novo autarca sucede a José Luís Gaspar, que não pôde recandidatar-se por ter atingido o limite de três mandatos consecutivos.
A vitória da coligação de Direita foi a mais expressiva do distrito do Porto, representando, segundo o próprio, "a continuidade de um projeto transformador iniciado há 12 anos".
O executivo camarário, que encolheu de nove para sete membros devido à revisão populacional dos Censos, é agora composto por presidente e três vereadores da coligação e outros três vereadores do PS, resultado da aplicação do método de Hondt.
A coligação Afirmar Amarante manteve igualmente a maioria na Assembleia Municipal, que continuará a ser presidida pelo médico Pedro Cunha.
Entre os presentes destacou-se o secretário de Estado da Cultura, Alberto Santos, que assistiu à cerimónia e a um momento musical a cargo do Ensemble da Orquestra do Norte, grupo que tem manifestado dificuldades de apoio institucional.
"A maior honra da minha vida"
No discurso de posse, Jorge Ricardo - natural de Vila Caíz e antigo presidente da respetiva Junta de Freguesia - assumiu o cargo "com imenso orgulho e sentido de responsabilidade". "É com determinação e dedicação redobrada que assumo este desafio, com o firme compromisso de trabalhar por cada amarantino e por cada freguesia da nossa terra", afirmou.
O novo presidente sublinhou o significado da vitória eleitoral como "um voto claro de confiança e esperança", assegurando que o novo mandato será pautado pela continuidade de políticas de desenvolvimento económico, coesão territorial e sustentabilidade.
Entre as prioridades definidas por Jorge Ricardo destacam-se: a atração de investimento e criação de emprego qualificado, com aposta no empreendimento empresarial e na fixação de jovens no concelho; a habitação acessível, com 349 novas habitações previstas, das quais 225 já aprovadas ou em execução, integradas na Estratégia Local de Habitação; e a educação e rede de creches, incluindo a requalificação das escolas da Torreia, de Real e do Centro Escolar António Cardoso, bem como a implementação da "Escola a Tempo Inteiro", com prolongamento até às 19 horas.
O novo presidente de Amarante comprometeu-se também com o reforço da coesão territorial, "promovendo maior autonomia das 26 freguesias"; com a requalificação urbana e viária, destacando o viaduto do Salto, a antiga Estação do Caminho de Ferro, a EN15, o Parque Florestal e a Alameda Teixeira de Pascoaes. A reversão do contrato com as Águas do Norte, considerada "uma prioridade comum de todos os amarantinos", foi sublinhada pela plateia com um forte aplauso.
A recuperação do Hospital de São Gonçalo, em colaboração com o Governo, visa garantir "cuidados de saúde de proximidade e qualidade". Também a valorização cultural e turística surge como eixo central, com reforço do papel do Cineteatro de Amarante, do Museu Amadeo de Souza-Cardoso, do Museu de Identidade e Memória e da época natalícia como "marca distintiva da cidade".
Prometendo uma "gestão financeira rigorosa e sustentável, para assegurar estabilidade e investimento contínuo no concelho", o novo autarca lembrou que "a política só faz sentido se for capaz de transformar vidas e construir um futuro melhor. Estarei próximo das pessoas, com genuíno espírito de serviço público. Amarante continuará a afirmar-se como um concelho moderno, coeso e do futuro", concluiu.
