Iniciativa do Centro Europeu de Música, que decorre entre hoje e quinta-feira, junta no mesmo palco artistas, investigadores e decisores políticos.
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As Jornadas de Mafra, que se iniciam esta terça-feira, vão contar com diversos concertos musicais, conferências e oficinas. A iniciativa, organizada pelo Centro Europeu de Música (CEM), prolonga-se até quinta-feira e junta, sob o lema “Música Agora”, artistas, criadores, instituições culturais, investigadores, decisores políticos e parceiros estratégicos de toda a Europa.
Esta noite, pelas 21.30 horas, após uma jornada de trabalho que inclui um atelier criativo e outros encontros, decorrerá a apresentação do VIA SCARLATTI, um Think Tank Internacional que reflete sobre a ligação entre música, ciência, humanidades e tecnologia. O momento acontece no auditório da Casa da Música Francisco Alves Gato, em Mafra, e terá a colaboração dos pianistas Shani Diluka, Isabel Dobarro e Pedro Emanuel Pereira.
Amanhã, destaque para os discursos do presidente da Câmara de Mafra, Hugo Moreira Luís, do eurodeputado Hélder Sousa Silva, da Secretária-geral da Europa Nostra, Sneska Qvaedlig Mihailovic, e de Jorge Chaminé, presidente-fundador do CEM. Também haverá várias mesas-redondas sobre a importância da música e do património para a construção europeia. Está previsto, ainda, um concerto aberto ao público no Claustro Sul do Palácio Nacional de Mafra, que procura celebrar Scarlatti como homem além do seu tempo. Participam o ensemble Divino Sospiro sob direção de Massimo Mazzeo, a pianista Shani Diluka e a cantora iraniana Shadi Fathi.
O último dia acolhe o encontro da Rede de Casas e Museus de Músicos Europeus e a projeção do documentário “Une Saga Culturelle”, de Nadège de Peganow. Produzido pela ARTE, Bel Air Media, o CEM e o CEEH, o filme retrata o surgimento de uma consciência cultural europeia no século XIX, através das figuras visionárias de Pauline Viardot, Louis Viardot e Ivan Turgueniev.
Para o CEM, estas jornadas, que contam com o Alto Patrocínio do presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, e do seu congénere francês, Emmanuel Macron, “representam um impulso político e cultural profundo que reconhece a música como património comum, força civilizacional e linguagem universal de encontro e de futuro”.