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"Um momento de exaltação da cultura popular". É assim que o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, classifica as Jornadas da Viola Braguesa, uma iniciativa que visa a promoção deste instrumento musical tradicional do Concelho.
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"Estas jornadas vão ao encontro da estratégia de valorização dos instrumentos e da música popular que o município tem realizado nos últimos anos. Os cordofones, particularmente a viola braguesa, são uma marca identitária do nosso território e um património que deve ser fruído e apropriado por todos", afirmou o autarca, em declarações ao JN.
A Autarquia, acrescentou, vai continuar a apoiar a realização de ações de formação de viola braguesa no sentido de disseminar a aprendizagem deste instrumento.
As terceiras Jornadas, que decorrem de 16 a 18 de março na Reitoria da Universidade do Minho, no Largo do Paço, em Braga, são organizadas pela Associação dos Amigos da Viola Braguesa (AVIBRA) em parceria com o Município.
O programa do evento engloba concertos, exposições, palestras, debates e oficinas.
No primeiro dia, o destaque vai para a inauguração das exposições "As violas de arame portuguesas", com a curadoria de Ricardo Barceló, e "Instrumentos do mundo made in PT".
O programa do dia 17 privilegia a realização de oficinas da viola braguesa. No mesmo dia haverá um debate sobre "A evolução das violas de arame", por Jorge Ribeiro, da Universidade de Aveiro.
No dia 18, o realce vai para a assinatura dos acordos de cooperação com entidades promotoras de violas de arame, seguindo-se uma palestra sobre o ensino dos instrumentos tradicionais de corda da ilha da Madeira e um concerto. As jornadas terminam com um encontro de violas de arame e com um concerto.
A viola braguesa
A viola de Braga, também conhecida por braguesa, existe oficialmente desde o Séc.XVII. No entanto, - diz o site WeBraga - "acredita-se que umas dezenas de anos antes já se ouvissem pelas festas e romarias minhotas violas braguesas a animar os foliões. Tocando chulas e viras, as braguesas eram também utilizadas para dar música aos cantares ao desafio, tão tradicionais da nossa região".
E acrescenta: "Nesses tempos era comum que as gentes se juntassem nas eiras, em grandes grupos, para cantar e dançar num ato de comunidade. Estes grupos de pessoas dividiam-se em dois tipos, os que tocavam e os que dançavam, sendo muito provável que a viola braguesa fosse figura central de um conjunto de instrumentos que contaria ainda com bombos, gaitas galegas, cavaquinhos e concertinas".
