"Mais 101 tascas imperdíveis em Portugal", um livro da autoria de António Catarino e Rui Cardoso, foi ontem apresentado no Museu Literário- Casa Fialho de Almeida, em Cuba, vila alentejana onde o jornalista da TSF nasceu.
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Trata-se de um roteiro de norte a sul, por cidades, vilas e aldeias, onde são apresentadas tasquinhas tradicionais, restaurantes familiares e populares com história e comida de conforto. A edição surge dois anos depois do lançamento de "As 100 melhores tascas de Portugal". Os dois livros são da autoria de António Catarino, autor da famosa rubrica radiofónica "TSF à Mesa", e Rui Cardoso, responsável por muitos Guias Boa Cama e Boa Mesa, do "Expresso".
A apresentação coube a Pedro Luiz de Castro, presidente da Confraria dos Enófilos do Alentejo, tendo os recantados da bem concebida Casa Fialho de Almeida, autor do livro "O País da Uvas", sido ecoados pelo canto do Grupo Coral "Os Ceifeiros de Cuba".
A definição de tasca, segundo Pedro Luiz de Castro, "nasceu do termo tascar/lascar ou cortar em pedaços, no fundo os tradicionais petiscos e as tascas são instituições nacionais onde se come bem, servido de forma familiar".
Depois de ouvir "Os Ceifeiros de Cuba", Rui Cardoso denominou-os como os cantadores das "Cavalgadas Valquírias", lembrando a peça do compositor alemão Richard Wagner. "O Wagner não conheceu estes cantadores, porque certamente teria ganho maiores conhecimentos musicais", destacou. A propósito das comidas das tascas, lembrou que "o pastor é o filósofo alentejano, o homem que vivia no silêncio e que comia o bocado de pão com linguiça, salpicado com azeitonas".
Feliz, muito feliz, por estar na sua terra, António Catarino explicou que é "o orgulho de estar na terra onde se nasceu, mesmo enraizado no Porto, é o sentimento de quem nunca saiu da sua aldeia/vila ou cidade", lembrando que rumou à Cidade Invicta há 53 anos, quando vivia a juventude dos seus 17 anos.
Sobre a publicação das "Mais 101 tascas imperdíveis em Portugal", o jornalista que leva já mais de quatro dezenas de edições de acompanhamento do Rally de Portugal sustentou que "a gastronomia é um património de Portugal de que não se dá conta. As tascas marcam a identidade de uma região. Quantas mais existirem no interior, maior será o retorno económico para as localidades onde se situam", rematou.
O livro "Mais 101 tascas Imperdíveis de Portugal" de António Catarino e Rui Cardoso, tem 139 páginas com referências gastronómicas por todo o país e custa 19,90 euros. Na calha, estão mais duas edições das tascas, uma sobre a Madeira e outras sobre os Açores.
