Um motociclista de 19 anos morreu, na tarde deste sábado, na sequência de uma violenta colisão entre o motociclo em que seguia e um carro, em Gulpilhares, Gaia.
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A colisão ocorreu quando o automóvel ia virar à esquerda, da Rua Sérgio Vieira de Melo para a Rua Clemente Teixeira da Costa, e o motociclo, que seguia atrás, no sentido norte/sul, tentou efetuar uma ultrapassagem, acabando por colidir com a parte da frente do carro. Com a violência do embate, o motociclista foi projetado cerca de 15 metros, ficando a mota de alta cilindrada imobilizada mais à frente, a cerca de uma dezena de metros do corpo.
O alerta foi dado pelas 13.40 horas e para o local foram mobilizados meios dos Bombeiros de Valadares e do INEM. A PSP também esteve no local. Ao JN, Gisela Monteiro, chefe da equipa da corporação de Valadares que foi mobilizada para o acidente, referiu que, à chegada dos meios de socorro, a vítima, um jovem de 19 anos, encontrava-se em paragem cardiorrespiratória. Ainda foram efetuadas manobras de reanimação pelos operacionais dos bombeiros e pela equipa da Viatura Médica do Hospital de Gaia, mas sem sucesso. O óbito acabou por ser declarado no local.
A condutora do automóvel envolvido no acidente ficou em choque e teve de receber apoio psicológico do INEM, que mobilizou para o local uma Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de Emergência (UMIPE).
A Rua Sérgio Vieira de Melo ficou com a via do sentido sul/norte, onde a moto ficou imobilizada, obstruída, e a circulação fez-se alternadamente, sendo orientada no local pela Polícia Municipal.
Moradores dizem que rua é "perigosa" e pedem sinalização
Ao JN, moradores das imediações explicaram que a artéria onde se deu o acidente é palco frequente de "abusos" por parte dos condutores, pelo que se torna "perigosa". "Fizemos um abaixo-assinado há mais de dois anos, para porem passadeiras e uma linha contínua, mas não fizeram nada", indigna-se António Teixeira, enquanto Bruno Antunes sublinha que "esta é uma zona onde o pessoal abusa", tendo, por isso, remetido "um email à Câmara" a expor a preocupação.
"Há aqui bastantes acidentes", testemunha António, lembrando já ter "comunicado ao presidente da Junta" a situação. "Até a pé é perigoso andar aqui, porque assapam. Há falta de sinalização, de passadeiras e de policiamento. Há pessoal que passa aqui a 100 à hora, ou mais. Há muita gente a abusar, e quantos ultrapassam e os piscas [dos carros] estão ligados", observa Bruno Antunes.