<p>Um padeiro de Aião, Felgueiras, morreu, ontem, afogado no rio Tâmega, em Amarante. O jovem, de 20 anos, estava com um amigo no leito do rio quando, de repente, desapareceu. O cadáver foi resgatado ao cair da noite.</p>
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Os mergulhadores dos Bombeiros de Cete, Paredes, faziam o último mergulho do dia quando, cerca das 20.30 horas, um deles encontrou o corpo de Joaquim Filipe Silva, inanimado, a cerca de nove metros de profundidade. A ausência de correntes fortes na praia da Aurora deixou o cadáver na zona onde tinha sido visto pela última vez. Pelo que o JN conseguiu apurar, o jovem, na companhia de amigo, fazia a nado a travessia do rio.
Os dois pretendiam alcançar um enorme rochedo que seria usado como prancha para um mergulho. Por razões que se desconhecem, Filipe ficou para trás, pensava-se que a descansar. Quando o colega alcançou a margem, olhou para o rio e já não viu rasto do camarada de recreio. Estas terão sido as explicações que o amigo da vítima terá dado às autoridades. Este jovem e os familiares foram acolhidos no edifício da antiga estação de tratamento de águas de Amarante por psicólogos do INEM, protegidos dos olhares curiosos que por ali se mantinham numa esplanada de café sobranceira ao rio.
São contraditórias as informações acerca das circunstâncias que terão ocorrido imediatamente antes da tragédia. No local, havia quem dissesse que a vítima bebera "uma água gelada" e, por essa razão, ter-se-á sentido mal e afogado. Outros admitem que o jovem terá sido vítima de um choque térmico, depois de ter estado ao sol a bronzear-se. "Não se sabe ao certo o que se terá passado", disse ao JN Gonçalo Monteiro, subcomandante dos Bombeiros Voluntários de Amarante.
O local onde ocorreu o acidente, a praia fluvial da Aurora, situa-se na freguesia de S. Gonçalo (sede da cidade de Amarante) e não tem vigilância. Gonçalo Monteiro justificou que a Junta de Freguesia "não consegue arranjar nenhum nadador-salvador que passe ali o dia em serviço". "Tem tentado, mas não tem conseguido. Nós, bombeiros, ao abrigo de um protocolo com a Câmara, fazemos a patrulha do rio e avisamos em permanência as pessoas para terem cuidado, mas são coisas que acontecem", acrescentou o mesmo responsável.
O local é considerado perigoso para banhos, devido à profundidade do rio, que, em alguns locais, atinge dez metros, razão por que o local é conhecido por "zona dos poços" em tempos criados para que ali se fizesse a captação de água para a rede pública. Actualmente, a estação de tratamento serve como estação elevatória.