Candidaturas à Câmara apostam em parcerias com cooperativas e também prometem reabilitação.
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A habitação já está a dominar a corrida à Câmara de Gondomar, com os jovens e a classe média do concelho a marcarem as propostas dos candidatos, como soluções de arrendamento acessível e parcerias com cooperativas. O JN questionou os candidatos às eleições de 12 de outubro que já são conhecidos sobre a habitação no concelho, tendo recebido a resposta de dez.
Luís Filipe Araújo, presidente da Câmara que se candidata pelo PS, promete prioridade ao arrendamento acessível destinado à classe média. No imediato, prevê colocar no mercado mil fogos, incluindo projetos que envolvem cooperativas e o terceiro setor. E “um regulamento fixará os critérios e regras de atribuição das casas, com prioridade para os gondomarenses”. Conta com o financiamento do Estado Central, através do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, mas promete avançar, se necessário, com financiamento próprio.
Também Carlos Brás garante que “a habitação é uma prioridade do Movimento Independente Por Gondomar”. Destaca a construção de 800 fogos pela Câmara e de mais 400 pelo setor social e cooperativo. E promete “criar a Via Verde para construção com preço final moderado para a classe média e os jovens”. Nas habitações municipais, compromete-se a “reduzir o tempo na atribuição de casas e ter sempre obras de recuperação”.
Redução de taxas
Pelo PSD, Emídio Guerreiro coloca urgência na reabilitação, construção pública, incentivos ao arrendamento e promoção da habitação cooperativa, com destaque para os jovens. Entre as propostas que adiantou ao JN estão uma plataforma de transparência no urbanismo, bem como a redução de taxas como incentivo à construção.
Para Rui Afonso, do Chega, é preciso investir na construção e reabilitação de casas acessíveis e promover o arrendamento a preços justos. “Os executivos camarários dificultam os trâmites técnicos e administrativos para depois venderem facilidades. Tornar os processos mais baratos, simples, rápidos e transparentes não só impulsionaria a construção, como eliminaria uma das principais fontes de corrupção”, afirmou ainda.
Olinda Moura, da CDU, nota que “se cria frequentemente a ilusão de que as câmaras podem construir casas, quando isso não é possível no quadro atual de legislação de solos, de inexistência de autarquias regionais, de falta de meios humanos e financeiros”.
Pelo Livre, Leonardo Soares quer mais habitação pública a preços acessíveis e cooperativas em edifícios públicos devolutos ou vazios. Para além de construir habitação pública para arrendamento acessível, o candidato do BE, José Ricardo, propõe uma quota de 25% para habitação a custos controlados na nova construção, enquanto Manuela Carneiro, do PAN, destaca “um programa municipal robusto de reabilitação” e uma cooperativa de habitação jovem.
Pelo JPP, Isabel Sobral propõe reabilitar 500 fogos para arrendamento acessível, enquanto Abel Gonçalves, candidato do ADN, prevê, entre outras medidas, “construção jovem a custos controlados”.
Candidatos prometem rendas acessíveis, cooperativas, reabilitação e menos burocracia
Luís Filipe Araújo (PS)
Carlos Brás (candidato independente)
Emídio Guerreiro (PSD)
Rui Afonso (Chega)
Olinda Moura (CDU)
Leonardo Soares (Livre)
José Ricardo (Bloco de Esquerda)
Manuela Carneiro (PAN)
Isabel Sobral (JPP)
Abel Gonçalves (ADN)