A Polícia Judiciária está a investigar as causas do incêndio que destruiu por completo uma fábrica de madeiras em Azambuja. O fogo, que começou na tarde de domingo, prolongou-se durante toda a noite e só ontem de manhã entrou em fase de rescaldo.
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A destruição provocada pelas chamas deixou marcas visíveis. Ontem, à hora do fecho desta edição, mantinham-se os trabalhos de rescaldo, após longas horas de trabalho árduo por parte dos bombeiros, que chegaram a ser mais de uma centena no local.
Ao longo do dia de ontem, os trabalhadores da unidade foram-se concentrando junto à empresa, – uns a trabalhar outros simplesmente a observar o que restava – e não escondiam a apreensão pelo futuro.
As chamas destruíram as áreas administrativas, técnicas e de exposição dos produtos aos clientes, num total de seis mil metros quadrados. Amaro Santos, um dos responsáveis pela fábrica, deixou, apesar de tudo, confiança no futuro. “A área de escritórios, foi transferida para outro lado, e a fabril continua a trabalhar e não está em causa nenhum posto de trabalho”, garantiu à Lusa.
Amaro Santos estava há quase 24 horas a ver chamas consumirem um dos edifícios da sua fábrica de madeiras. “Pior é o cheiro que não se sente”, comentava enquanto observava os trabalhos de rescaldo.
Para aceder ao interior da unidade foi preciso recorrer a uma máquina para remover a estrutura metálica do armazém. Só após esta operação, os bombeiros conseguiram entrar no interior da fábrica para apagar as chamas que ainda existiam.
Ontem à tarde, Amaro Santos não conseguia ainda fazer um balanço final dos prejuízos. Já quanto às possíveis causas, só afastava uma única: “Acidente provocado pela laboração porque era domingo e a fábrica estava fechada”. “De resto não podemos descartar qualquer hipótese, mas não posso entrar em insinuações e só há duas possibilidades, (incêndio) fortuito ou provocado”, disse.
O fogo, que não causou feridos, deflagrou na fábrica da empresa Jular pelas 15 horas de domingo, e circunscreveu-se a um dos oito armazéns que compõem o complexo industrial.