Edifício onde moram três pessoas no Largo de São João Novo, no Centro Histórico do Porto, tem várias infiltrações. Presidente da União de Freguesias, Nuno Cruz, diz que PRR permitirá gastar até 870 mil euros, incluindo a compra e as obras de reabilitação.
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Um prédio no Largo de São João Novo, no Porto, mesmo ao lado do tribunal, está na mira da União de Freguesias do Centro Histórico. O edifício dispõe de cinco andares (incluindo águas-furtadas), mas precisa de ser reabilitado. O objetivo da junta é comprá-lo e reabilitá-lo através de uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), permitindo que duas das cinco habitações possam voltar a ser habitadas.
O valor da aquisição rondará os 375 mil euros. No entanto, o edifício correspondente aos números 3 e 4 do Largo está num elevado estado de degradação e conta com várias infiltrações. Por isso, o presidente daquela junta, Nuno Cruz, espera que na próxima Assembleia de Freguesia, marcada para dia 6 de fevereiro, seja aprovada a submissão de uma candidatura ao PRR através da empresa municipal Porto Vivo, SRU - Sociedade de Reabilitação Urbana do Porto, que permita comprar e fazer obras no prédio.
Até 870 mil euros
"O PRR financia a compra e reabilitação de prédios que custem 2900 euros por metro quadrado", explica o autarca, reconhecendo a dificuldade em encontrar edifícios por esse preço no Porto.
Neste caso, esclarece, "o prédio tem 300 metros quadrados. O que, a multiplicar pelo valor do metro quadrado, permite chegar a um valor de 870 mil euros para aquisição e reabilitação".
O presidente da União de Freguesias do Centro Histórico diz ainda que não será necessário realojar os três atuais moradores "porque não serão obras de infraestrutura". "Vamos melhorar a eficiência energética do edifício, com uma cobertura nova", adianta.
Moradores "ansiosos" pela compra
Numa visita ao prédio no Largo de São João Novo durante a manhã deste sábado, o presidente da União de Freguesias do Centro Histórico do Porto, Nuno Cruz, diz que os moradores, na casa dos 80 anos, "receberam muito bem" o Executivo e que estão "ansiosos" para que a junta compre o edifício. "Preferem isso à aquisição do prédio por um desconhecido", refere. Caso a candidatura ao PRR seja aprovada, o Executivo terá de concluir as obras até junho de 2026.