Registo de pesca daquela espécie entre 2014 e 2023 confirma queda acentuada. Valença debate amanhã futuro do rio Minho.
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Há cada vez menos lampreia nos rios portugueses, que está a refletir-se na pesca. O ano passado foi o pior na captura de lampreia da última década, com o registo nacional de apenas 13 toneladas apanhadas em Portugal continental, que compara com as 79 toneladas pescadas em 2014. A tendência tem sido decrescente ano após ano. Viana do Castelo é o principal porto de descarga de lampreia do país, mas os números das capturas do ciclóstomo no rio Minho na última década não auguram nada de bom para a conservação daquela espécie migradora, garante o biólogo Carlos Antunes.
As queixas são ouvidas, também, no rio Mondego, já que 2024 é o ano com menor número de efetivo de lampreias adultas desde que há registos. O diretor do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, Pedro Raposo Almeida, alertou, há dias, que foram contabilizados só 1969 espécimes no açude-ponte de Coimbra, muito abaixo dos 10 mil necessários para a sustentabilidade daquela espécie.