Lançada petição para que Bolhão se mantenha como mercado de frescos e não "praça de alimentação"
A Associação do Comércio Tradicional Bolha de Água, do Porto, lançou uma petição online onde expressa "profunda preocupação com a ameaça iminente de perda irremediável do Mercado do Bolhão na sua essência de mercado de frescos, comércio tradicional e de gestão pública e desvirtuação para uma mera praça de alimentação".
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No documento, que será enviado à Assembleia da República, pedem a "afirmação do Bolhão como um mercado municipal de frescos, e de comércio tradicional com gestão pública em que os comerciantes são os parceiros naturais da gestão, cumprindo os termos da petição n.º 434/X (3.ª), aprovada em plenário da Assembleia da República em 2009".
A associação defende que, na renovação do espaço, "foi assumido o compromisso de que, no seu todo, o edifício funcionaria como mercado de frescos, situado no terraço, como espaço de restauração, situado nas galerias e de lojas de comércio tradicional, no exterior", o que, refere, "não acontece atualmente".
Além disso, diz necessário "o cumprimento dos termos dos concursos públicos para atribuição dos espaços comerciais, tal como o Regulamento do Mercado do Bolhão, o Regulamento n.º 82/2020 de 31 de Janeiro, que estabelece as regras da sua utilização, ocupação, exploração e gestão".
"Exigimos que cesse, com caráter de urgência, o incumprimento do regulamento, inibindo-se a transformação do mercado de frescos em bancas de restauração e bebidas e a venda de produtos cozinhados não permitidos nas categorias de produtos definidas", salienta.
No documento, recorda-se ainda que o Mercado é constituído por três vértices: as Bancas do Mercado de Frescos, os Restaurantes e as Lojas Exteriores, que devem ser "incluídas nas atividades de gestão, marketing e promoção, como previsto no Regulamento".