Foi lançado nesta segunda-feira um novo concurso público para a reabilitação e ampliação do Teatro Almeida e Sousa, em Avintes.
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O preço-base do procedimento promovido pela Câmara de Gaia e publicado em Diário da República é de 4,7 milhões de euros. O prazo de execução da obra é de ano e meio. Os interessados devem enviar as respetivas propostas até ao final do dia 1 de agosto.
Este concurso segue-se a um outro lançado pela Câmara em 2024 e encerrado no início deste ano, sem qualquer proposta válida. Na altura, o preço-base aproximava-se dos quatro milhões.
Foi apenas mais um episódio do complicado processo de requalificação do emblemático edifício em Avintes, que fechou portas em 1997, ou seja, há 28 anos, e foi comprado pela autarquia em 2019. Na reunião de câmara em que foi aprovada a aquisição destacou-se que a intenção era a "recuperação para atividades que se prendem com artes de espetáculo de modo a melhor servir o meio cultural e social, concelhio e local".
O teatro , inaugurado em 1895, está encerrado há quase 30 anos e já foi alvo de vários cenários de reabilitação, nomeadamente uma obra iniciada pela comunidade local que não chegou a terminar. Em 2018 e 2019, a propósito de procedimentos votados em reuniões camarárias, foi avançado que as obras de requalificação rondariam os 800 mil euros, mas tal empreitada nunca se concretizou.
A Câmara de Gaia chegou a anunciar que o teatro estaria reabilitado em 2020, mas o processo sofreu um atraso devido a uma recomendação do Tribunal de Contas. "O município foi obrigado a lançar um procedimento para a revisão do projeto, facto que atrasou o lançamento do procedimento da empreitada sensivelmente em nove meses", justificou, à Lusa, a autarquia. Entretanto, a pandemia travou o avanço do processo, retomado no ano passado.
A reabilitação do Teatro Almeida e Sousa deverá manter a traça original do edifício, que deverá ter um auditório para quase 200 pessoas e uma sala de exposições, entre outras valências.