Laurinda tem 71 anos mas sente-se como se tivesse 50: “A avó parece uma jovem. Veste-se lindamente”
Antiga professora, Laurinda Parente Branco diverte-se agora com as netas, mantendo uma vida cheia de atividades.
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Laurinda Parente Branco, antiga professora do 1.° ciclo, tem 71 anos, quase a cumprir 72 em junho, diz que se sente como se tivesse 50. As netas Beatriz, com sete anos, que também faz anos em julho como a avó, e Carolina com nove, corroboram. "Parece uma jovem. Veste-se sempre lindamente", afirma a mais nova. E a mais velha, reforça: "Parece muito mais nova. É tão bonita. Leva-nos às cavalitas".
Laurinda formou-se em 1972, deu aulas em várias escolas dos concelhos de Paredes de Coura, Ponte de Lima e Viana do Castelo, e reformou-se com 52 anos de idade e 33 de serviço. Continua (muito) ativa, até hoje. Vive em função da organização da casa que partilha com o marido Fernando Branco, antigo médico pediatra, com quem está casada há 50 anos [celebraram bodas de ouro em janeiro] e das netas "Bia" e "Carol".
Avó paterna - o pai das crianças é o seu filho mais novo, Nuno de 42 anos, e tem outro, Paulo de 47, que é solteiro -, traz ao pescoço um fio com duas medalhas em forma de meninas. Sempre que necessário vai buscar as netas à escola, e também às atividades que estas frequentam: Inglês, equitação e ballet. Toma conta delas. Por vezes, dormem em sua casa, agarradas a dois peluches [tem cada uma o seu com um coração que diz "I love you"] que pertenceram ao pai.
"Elas têm o quarto delas em minha casa. Temos regras. Uma das regras é divertirmo-nos", conta Laurinda, adiantando: "Às vezes tomo conta delas a tempo inteiro, nas férias". Fazer bolos, trabalhos manuais, pintar, "arranjar brincadeiras" e até lavar a loiça, são algumas das atividades que fazem em conjunto. "Também vemos telenovelas", confidencia Carolina.
E Beatriz continua a rasgar elogios: "É sempre muito querida connosco. Quando nos machucamos ela trata de nós. E quando tomamos banho, a banheira é uma piscina".
A mais velha de quatro irmãos, única rapariga, e mãe de dois também, Laurinda justifica assim a grande dedicação às netas.
"A minha vida fora das meninas, neste momento, é muito pouca. Por vezes até fico triste, porque partem pessoas e eu estou sempre a dizer: tenho de ir visitar esta pessoa e aquela e depois não vou. Tenho casa com jardim, piscina, um quintal com árvores de fruto. Dá tudo bastante trabalho", comenta.
Mas, no final, as palavras das pequenas compensam. "Eu amo a minha avó muito, até ao último planeta, que não sei qual é. É 1000% querida e maravilhosa", diz Beatriz. E Carolina completa: "Amo a minha avó até à galáxia".