O Hotel Aquae Flaviae foi evacuado, esta sexta-feira, depois de ter sido detetada a bactéria legionela, pela segunda vez este ano, na rede de água do edifício.
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A Delegação de Saúde Regional do Norte informou que foi realizado um "inquérito ambiental no referido hotel e área circundante" pela Unidade de Saúde Pública do Alto Tâmega e Barroso, que apresentou resultados positivos para a presença da bactéria.
"Os resultados analíticos emitidos ontem, dia 6 de outubro, pelo Laboratório Regional de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Norte, identificaram Legionella pneumophila", refere a autoridade de Saúde.
Segundo a mesma fonte, o delegado de Saúde do Alto Tâmega e Barroso "desencadeou as medidas consideradas necessárias à minimização do risco, tendo-se procedido ao encerramento do referido hotel".
O presidente da Câmara de Chaves, António Cabeleira, também confirmou a situação. "Fui informado pelo delegado de saúde adjunto dessa má notícia. Foi identificado um caso de doença dos legionários associado à permanência no hotel", afirmou.
António Cabeleira garantiu que se trata de um "caso circunscrito" à unidade hoteleira e que "a água da rede de pública não apresenta qualquer perigo". "Foram feitos despistes nos equipamentos envolventes e não foi detetado nada. Podemos ficar sossegados porque a saúde pública não está em causa", assegurou.
A unidade hoteleira já tinha sido encerrada em junho deste ano pelo mesmo motivo, mas reabriu duas semanas depois de procedimentos de desinfeção da unidade e de as contra-análises terem apresentado resultados negativos para a presença da bactéria. Os hóspedes foram retirados do hotel e reencaminhados para outras unidades da cidade.
Fonte ligada ao hotel afirmou que foi antecipada a decisão de encerrar a unidade para obras, o que estava previsto acontecer em novembro. "Será feita uma intervenção profunda, no valor de cinco milhões de euros, que irá permitir mudar a categoria do hotel, que voltará a abrir em abril de 2017", adiantou.