A Sevenair ainda não sabe quando vai dar início aos voos da carreira aérea Bragança-Vila Real-Viseu-Cascais-Portimão, que deverá ser retomada este ano. O governo anunciou este fim de semana que já foi concluído o concurso público para a atribuição da concessão da ligação.
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“Assinámos o contrato na passada quinta-feira, o Estado assinou na sexta-feira, mas agora carece do visto do Tribunal de Contas. Sem isso não podemos começar os voos, mas como estamos na altura do Natal pode haver atrasos”, explicou ao JN Sérgio Leal, comandante e um dos responsáveis da empresa.
Sérgio Leal indicou que após a obtenção do visto, a Sevenair tem cinco dias para iniciar a operação. “Nós estamos em condições de começar no dia seguinte. Temos tudo pronto para poder assegurar a carreira há meses, e temos necessidade de começar”, referiu.
O Ministério das Infraestruturas e da Habitação explicou em comunicado que vai ser assinado um novo contrato com a Sevenair, empresa que já detinha a concessão anterior desde março de 2019. A operadora deixou de assegurar os voos no final de setembro, na data em que terminava o segundo ajuste direto que permitia manter a rota em funcionamento enquanto decorria o concurso público internacional após o fim da concessão a 28 de fevereiro de 2023.
A ligação estava a funcionar com dois ajustes diretos à Sevenair. "No entanto, este contrato não evitou a interrupção da rota antes da conclusão do concurso, porque ainda era necessário regularizar a dívida financeira com a Sevenair", refere o gabinete do ministro, Miguel Pinto Luz.
A mesma fonte indica que o serviço foi adjudicado à Sevenair e que estão "cumpridos os compromissos financeiros", o que permite que "a prestação de serviço público prestada por esta ligação pode voltar a ser retomada na sua plenitude" e desta forma é reposto "um serviço público essencial a regiões pressionadas pela interioridade, com a implicação positiva que aporta em termos económicos, turísticos e sociais, entre outros", acrescenta o Ministério na mesma nota.
O novo concurso público internacional para a concessão da carreira aérea tem um valor de 13,5 milhões de euros.