A ligação direta entre Porto e Brasil, através da companhia aérea Azul, já está a funcionar desde o início de junho e significa o regresso de uma conexão que se perdeu com a pandemia.
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Agora, é possível viajar tanto para o Recife, como para Campinas (São Paulo), bissemanalmente, a partir da cidade Invicta. Este projeto começou a ser desenhado há cerca de um ano e meio e tornou-se uma realidade que visa aproximar os dois países.
"Sentimos que havia uma demanda suficiente para termos voos regulares entre as duas cidades. Há muita procura do passageiro brasileiro por Portugal, mas também dos portugueses pelo nordeste brasileiro. A Azul já promovia estas rotas, mas a pandemia fez com que tivéssemos de abdicar de várias ligações", explicou o diretor institucional da companhia aérea, César Grandolfo.
O arranque das vendas tem sido positivo, segundo revela Grandolfo, mas o desafio será fazer com que a tendência se mantenha também na época baixa. No entanto, não são só os passageiros que fazem esta travessia entre Brasil e Portugal.
Toneladas de fruta
"Nestes primeiros voos já transportamos várias toneladas de fruta (manga e papaia). O transporte de mercadorias é fundamental para o sucesso de um voo", concluiu o diretor da Azul.
Quem também ficou satisfeita com o retomar da ligação foi Milu Megale, secretária da Cultura do Recife, que prevê o aumento do fluxo turístico da capital do estado de Pernambuco "em 50%".
"Para nós é muito importante, mas acredito que também o seja para o Porto. Além dos passageiros e da mercadoria também pode ter um impacto significativo nos negócios de ambos os lados. Pode mesmo ajudar a fortalecer esses laços de negócios e turismo entre as duas cidades", salientou, admitindo que "só faltava esta conexão aérea".