A Linha Rubi, que vai ligar a Casa da Música (Porto) a Santo Ovídio (Gaia), vai custar mais 50 milhões de euros. Valor adicional que será suportado pelo Orçamento do Estado, anunciou, esta quarta-feira, o ministro Miguel Pinto Luz. O presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, admite que surjam mais custos imprevistos.
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Segundo o ministro das Infraestruturas e da Habitação, o reforço de 50 milhões de euros para a Linha Rubi do metro do Porto, que vai ligar a Casa da Música (Porto) a Santo Ovídio (Vila Nova de Gaia), foi aprovado esta terça-feira.
"Não tem nada a ver com campanhas eleitorais. Não tem nada a ver com nada. Tem a ver com um compromisso", vincou Miguel Pinto Luz, esta quarta-feira, ao participar numa cerimónia de assinatura de um contrato de aquisição de 22 novos veículos para o metro do Porto, a maior parte dos quais destinados precisamente à Linha Rubi, que deverá entrar em funcionamento em 2026, de forma faseada: Casa da Música-Campo Alegre; Arrábida-Santo Ovídio.
Miguel Pinto Luz escusou-se, porém, a dar mais explicações aos jornalistas. Coube ao presidente da Metro do Porto revelar que esses 50 milhões de euros serão assegurados pelo Orçamento do Estado e destinam-se ao pagamento de custos adicionais, como ao valor da adjudicação da obra (20% superior ao preço base) e à aquisição de um novo sistema de comunicações: o CBTC (Controlo de Comboio com Base em Comunicações), que permite a possibilidade de se avançar, no futuro, com a automatização da circulação nomeadamente em linhas como a Rosa, que são inteiramente subterrâneas.
"Neste momento, pode-se dizer que o projeto global vai ficar mais caro 50 milhões de euros", assumiu Tiago Braga. Atualmente, estava estimado que a Linha Rubi iria ter custo de 435 milhões de euros. Um valor que poderá vir a ser alterado mais vezes, conforme admitiu o presidente da Metro do Porto: "Num projeto desta magnitude, pode-se dizer que provavelmente não vai ser a única alteração orçamental que será preciso acomodar".
Os 22 veículos adquiridos esta quarta-feira vão custar 69,5 milhões de euros. Os primeiros seis deverão chegar em 2026 e os restantes em 2027. "São os veículos necessários para começar a operar a Linha Rubi", vincou Tiago Braga. O ministro Miguel Pinto Luz espera que esses prazos sejam cumpridos.
"Estamos fartos de não serem cumpridas datas em Portugal", disse Miguel Pinto Luz aos responsáveis da chinesa CRRC Tangshan, a quem já foram adquiridos os 18 veículos CT (CRRC Tram), em circulação na rede do metro do Porto desde 2023.