Há mais de 4500 fogos em construção em Lisboa, que deverão ficar concluídos nos próximos dois anos. No entanto, só 1440 destas casas estão ainda à venda. Esta conclusão é avançada pela consultora imobiliária Savills no seu relatório ao mercado residencial português "New Life in the Sun" e vem evidenciar a forte procura por habitação na capital
Corpo do artigo
Há mais de 4500 fogos em construção em Lisboa, que deverão ficar concluídos nos próximos dois anos. No entanto, só 1440 destas casas estão ainda à venda. Esta conclusão é avançada pela consultora imobiliária Savills no seu relatório ao mercado residencial português "New Life in the Sun" e vem evidenciar a forte procura por habitação na capital.
Como adianta, "são esperados mais de 4500 novos fogos residenciais nos próximos dois anos no município de Lisboa (considerando apenas projetos em estado de construção atual)", mas "à data de publicação deste relatório, apenas 32% das unidades residenciais estão disponíveis para comercialização, números que provam a forte dinâmica da procura".
O maior número de fogos novos está a ser construído na zona prime da cidade, isto é, na Avenida da Liberdade e Chiado, mas também em zonas como o Lumiar.
Imóveis de luxo imunes ao contexto económico
A Savills lembra que os preços médios de venda de casas novas na Área Metropolitana de Lisboa registaram no ano passado um decréscimo de quase 7% face a 2021, fechando o ano no patamar de 5.399 €/m2. Já os preços médios de imóveis usados aumentaram cerca de 5%, para 3.225 €/m2.
Neste cenário, a que se junta o aumento dos custos de construção, os promotores assumem "um otimismo mais moderado, com maior rigor de análise de riscos, mas de contínuo desenvolvimento de novos projetos".
Contudo, não é de esperar alterações na procura por parte dos estrangeiros e de imóveis de luxo.
Como diz Miguel Lacerda, diretor da área residencial da Savills Portugal, "os clientes estrangeiros representam mais de 50% das transações" efetuadas no mercado de luxo no país, "um valor que se deverá manter". Na sua opinião "este tipo de investidor não sente, naturalmente, o impacto da inflação e da subida das taxas de juro da mesma forma e continua a considerar o nosso mercado como um dos mais atrativos".
Em 2022, ano repleto de desafios, foram vendidas na Área Metropolitana de Lisboa cerca de 51 mil casas.
Leia mais em dinheirovivo.pt