Os camiões que recolhem o lixo na Maia são obrigados a pagar portagem para ir depositar os resíduos na Lipor, cujas instalações até ficam no concelho. A introdução de taxas para transitar na A41 (antiga SCUT)custa, por ano, 25 mil euros à Maiambiente.
Corpo do artigo
"É no mínimo estranho que os camiões da Maia tenham que pagar portagens para depositar o lixo num equipamento intermunicipal localizado no seu próprio concelho", critica a Autarquia, lembrando que os veículos de recolha de municípios vizinhos como Matosinhos e o Porto conseguem escapar aos pórticos.
Os camiões da empresa municipal Maiambiente utilizam a A41, uma das estradas que, desde dia 15 do mês passado, passaram a ter portagens. Os veículos acedem às instalações da Lipor II, em Crestins, cerca de seis mil vezes por ano, o que representa 12 mil passagens nos pórticos, contabiliza a Câmara.
Ainda segundo a Autarquia, como a generalidade dos veículos da empresa municipal paga uma taxa correspondente à classe 3, a despesa com as portagens ascendem a 25 mil euros anuais.
"Num mandato autárquico (quatro anos), estamos perante um valor (100 mil euros) equivalente à aquisição de dois camiões de médio porte ou um de grande porte. Em média, por mandato, são adquiridos quatro camiões", sublinha a Câmara da Maia, que tem sido uma das entidades que mais tem protestado contra a introdução de portagens nas SCUT.
Bragança Fernandes, presidente da Autarquia, tem lembrado que a A41 (IC24) foi construída para substituir a EN107, que entretanto passou para a alçada do Município. A antiga nacional não tem perfil para o trânsito intenso, ainda para mais de veículos pesados, e chega a estar cortada em alturas festivas.