O Aquamuseu do rio Minho em Vila Nova de Cerveira, tem como nova habitante uma lontra fêmea. O mamífero chegou anteontem à nova morada, ao abrigo do Protocolo de Cooperação Científica entre aquele município e a Estação Biológica Internacional Douro-Duero, e transferida do Parque do Douro Internacional (Miranda do Douro). A lontra ainda não tem nome oficial, será decidido em breve, segundo Carlos Antunes, o diretor do Aquamuseu.
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Recorde-se que a primeira lontra que habituou aquele espaço, junto ao rio Minho, chamava-se César e veio do jardim zoológico de Colónia, Alemanha em 2006. Em 2009 chegou a Eureca vinda das lagoas de Santo André em Sines. E um ano depois , o Einstein também proveniente daquele mesmo local. De acordo com Carlos Antunes, o tempo de vida médio de uma lontra em cativeiro é de "treze a quinze anos".
"Nascida em cativeiro no dia 1 de junho de 2020 e filha de um casal de lontras oriundas de Alcobaça, a lontra fêmea encontra-se agora em fase de adaptação ao seu novo habitat", informa o gabinete de comunicação da Câmara de Vila Nova de Cerveira, recordando que o Aquamuseu se dedica "ao estudo do comportamento daqueles animais em cativeiro". E pretende também "sensibilizar o público que o visita para a importância da qualidade da água e das margens dos rios e dos ribeiros para a sobrevivência das lontras, bem como alertar para os riscos associados à introdução de mamíferos exóticos que competem com esta espécie, como é o caso do visão americano".
A Câmara de Vila Nova de Cerveira, assinou em junho, um protocolo de Cooperação Científica com Estação Biológica Internacional Douro-Duero, em que se comprometeram "a levar a cabo um trabalho de cooperação científica e de investigação partilhada nos rios transfronteiriços Minho e Douro, com intercâmbio de dados na monitorização dos seus ecossistemas aquáticos".