
O movimento Vida Justa reconhece que esta é uma "situação irregular"
Foto: Rita Chantre
A Câmara de Loures deu 48 horas para cerca de 100 pessoas, incluindo 21 crianças, deixarem as casas nas Marinhas do Tejo, em Santa Iria da Azóia. Grande parte dos moradores de uma comunidade oriunda de São Tomé e Príncipe vive há vários anos nas habitações, recebe salários baixos e não tem alternativa.
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Lor Neves, de 37 anos e pai de um bebé de dois meses, vive há dois anos no bairro da Rua das Marinhas do Tejo com a esposa Jacinta, também de 37 anos. O vencimento de 820 euros é o único rendimento da família. Sem condições financeiras para pagar uma casa no inflacionado mercado de arrendamento da Grande Lisboa, onde lhe chegaram a pedir 500 euros por mês por um quarto, o trabalhador de São Tomé e Príncipe viu nas casas abandonadas e degradadas junto à EN10, em Santa Iria da Azóia, a alternativa possível para dar um teto à família.

