A Federação Académica do Porto (FAP), que celebra esta terça-feira 36 anos, passará a reservar 15% das receitas anuais para financiar atividades de cariz social, sendo que grande parte provém da Queima das Fitas. Os novos estatutos da FAP foram aprovados esta semana e têm como objetivo promover a igualdade.
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Até agora, as verbas destinadas pela FAP a projetos sociais eram decididas pelas respetivas direções. No entanto, os novos estatutos da federação determinam que, a partir de agora, será obrigatório reservar 15% do resultado líquido anual para financiar atividades de cariz social, sendo que a principal fonte de receita provém da organização da Queima das Fitas do Porto. "Ao reservarmos 15% do resultado líquido anual para atividades de cariz social, estamos a garantir que o sucesso da FAP beneficia, diretamente, as crianças e jovens que mais precisam", esclarece, ao JN, Francisco Porto Fernandes, presidente da federação.
Estatuto de utilidade
Além da cláusula financeira, a promoção da igualdade de oportunidades também passou a constar dos estatutos, como sendo um dos principais objetivos da FAP. Ao longo dos anos, a federação académica tem vindo a desenvolver vários projetos de cariz social, como é o caso do “FAP no Bairro”.
“Num contexto em que muitos jovens enfrentam dificuldades em aceder e frequentar o ensino superior, a FAP tem a obrigação de garantir que nenhum estudante fica para trás por razões económicas ou sociais", assegura Francisco Porto Fernandes. A FAP formalizou ainda, esta semana, o pedido de estatuto de utilidade pública, tendo submetido o documento ao Governo.