
Recurso de Luís Canelas sobre candidatura à Câmara de Espinho será decidido em breve
Foto: Salomão Rodrigues
Luís Canelas assumiu esta segunda-feira que o PS "falhou nos últimos anos" em Espinho e pediu desculpa à população, durante uma conferência de imprensa.
Corpo do artigo
O resultado do recurso apresentado à Comissão Nacional de Jurisdição do PS, que contesta a anulação da sua candidatura à Câmara de Espinho, deverá ser conhecido dentro de uma semana.
Num tom autocrítico, afirmou: "A política atual, como a conhecemos, não é a melhor. Não é aquela com a qual concordo. Fazem-se promessas e, depois, durante quatro anos, parece que nos esquecemos daquilo que prometemos."
"Assumo que o PS falhou nos últimos anos. O partido não correspondeu às expectativas dos espinhenses", reiterou. E acrescentou: "Não estou a apontar o dedo a ninguém, porque também fiz parte do processo. Também eu estava lá."
Concluiu dizendo que o partido ficou "aquém das expectativas criadas" e que, enquanto presidente da comissão política concelhia e candidato à autarquia, se sente "no dever de pedir desculpas aos espinhenses".
Comprometeu-se, por fim, a não "repetir os erros do passado" e a apresentar "um projeto de desenvolvimento e qualidade de vida para os espinhenses".
Na sua declaração, Canelas explicou que o recurso à Comissão Nacional de Jurisdição do PS decorre de uma queixa apresentada por um militante, que levou a Comissão Federativa de Jurisdição de Aveiro a considerar nula a sua designação como candidato. "Não há um prazo fixo, mas tenho indicação de que [a decisão do recurso] será [conhecida] até ao início do próximo mês", afirmou.
O candidato recordou que aceitou concorrer à Câmara Municipal "em resposta a um desafio feito pelos órgãos nacionais do Partido Socialista" e assegurou que está a acompanhar o processo "tranquilamente". "Vamos respeitar a decisão [do recurso]", garantiu.
Em resposta ao JN, Canelas afirmou não se sentir "fragilizado" pela situação e sublinhou que "as indicações que temos são de seguir com a nossa campanha tranquilamente". Caso a votação na comissão política local tenha de ser repetida, mostra-se confiante em reunir os apoios necessários.
