Os pais dos alunos das escolas básicas de Bairro, em Famalicão, manifestaram ontem de manhã o seu descontentamento face aos problemas que ali se vivem. A insuficiência de auxiliares será solucionado hoje, mas a luta é para continuar.
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O regresso ao horário duplo é, na opinião dos pais das crianças de Bairro, a solução para todos os problemas. Defendem que se uns alunos tivessem aulas de manhã e outros de tarde as actividades extra-curriculares poderiam continuar a ser no centro social, mas as crianças passariam ali a tarde ou a manhã, consoante o horário, sem andarem em constantes viagens.
De resto, ontem, os encarregados de educação protestaram também pela criação de uma outra turma, de modo a que não existam classes constituídas por diferentes anos lectivos. Queixaram-se, também, que as salas no centro paroquial são demasiado pequenas e que faltam funcionários.
O director do agrupamento de escolas, Fernando Lopes, deslocou-se ao estabelecimento de ensino, onde se reuniu com os pais, alegando que a "qualidade do ensino não está em causa".
Segundo adiantou o responsável, a lei não permite o desdobramento de horários, uma vez que na localidade existem espaços que viabilizam o horário normal.
Por outro lado, explicou, uma nova turma "não pode ser autorizada porque o rácio de alunos" por sala está de acordo com o que a lei prevê. Quanto às turmas mistas, o director argumentou que essa situação também acontece noutras escolas que, no ano passado, registaram resultados "excelentes" ao nível do aproveitamento dos alunos.
Entretanto, a escola de Bairro vai receber hoje uma nova funcionária, perfazendo o total de três auxiliares educativas e, ainda, duas tarefeiras.
No que diz respeito às actividades extracurriculares, os encarregados de educação poderão decidir se os alunos continuam a usufruir delas no centro social ou se passam para o estabelecimento de ensino.
"Vamos fazer uma assembleia geral para tomarmos uma posição quanto às actividades extracurriculares e para decidirmos em que ponto vai continuar a nossa luta", adiantou Daniel Silva, presidente da Associação de Pais, em declarações ao JN.