Músico, que é vereador do PS, criticou falta de diversidade. Rio diz que é uma visão distorcida da realidade.
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"O município de Braga não tem uma verdadeira política cultural pública". A acusação partiu ontem do vereador do PS, o conhecido músico Adolfo Macedo (Luxúria Canibal, vocalista dos Mão Morta) e foi feita a propósito da moção ontem votada por unanimidade na reunião do Executivo, de apoio à candidatura de Braga a Capital Europeia da Cultura (CEC) 2027 e que prevê um investimento de 25 milhões de euros.
Em resposta, Ricardo Rio disse que o músico dos Mão Morta "tem uma visão parcelar e distorcida do que é a cultura em Braga", tese que exemplificou com os seis eventos, para além da Noite Branca, que decorreram ou ainda decorrem na cidade e numa ótica de diversificação.
Adolfo Macedo disse que o PS está 100% a favor da CEC, mas criticou o "exagero de propaganda" quando se divulgou que a Noite Branca, que decorreu este mês, teve a afluência de um milhão de pessoas, o que, sustentou, é impossível. "Em Paredes de Coura, num espaço tão grande como o do centro histórico, estiveram 24 mil pessoas. Como é que em Braga couberam 333 mil?", questionou.
Sobre a política cultural, disse que, para ser pública teria de apostar em atividades que não são comuns, e não em coisas comerciais: "As pessoas aderem na mesma se lhes mostrarem que há outras realidades culturais", afirmou.
Esta posição levou Ricardo Rio a ripostar dizendo que "Braga vive uma forte dinâmica cultural, em todas as áreas e com eventos inovadores como foi o festival Ouvidoria, de literatura oral e teatro que decorreu no último fim de semana no Mosteiro de Tibães".
"Somos hoje um concelho de cultura, quer na zona urbana quer nas freguesias, que pede meças a qualquer outro e os bracarenses reconhecem-no", acentuou.
Cartão escolar simplifica pagamentos
O Município de Braga investiu um milhão de euros para criar um cartão escolar que permite que alunos, professores, funcionários e encarregados de educação passem a efetuar pagamentos nos estabelecimentos de ensino, de forma simplificada. O cartão será acessível à comunidade das escolas públicas, desde o segundo ciclo ao Ensino Secundário, e será autorizado no refeitório, bar, papelaria, reprografia e máquinas de vending. "É um investimento absolutamente necessário para contribuir para a melhor organização dos serviços escolares, num universo que envolve mais de 17 mil utilizadores", explicou o presidente da Câmara, Ricardo Rio.