Este sábado, no Porto, dezenas de pessoas admiraram a magnólia rara, existente do pátio da casa dos pais do escritor Afonso Reis Cabral. A frondosa espécie deverá ser alvo de classificação.
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"Parabéns", obrigado" ou "maravilha". Foi assim, elogio atrás de elogio, que o anfitrião, Afonso Reis Cabral, foi sendo saudado, este sábado, depois de as pessoas terem contemplado a magnólia rara que sobressai no pátio das traseiras da casa dos pais, na Prelada, na cidade do Porto.
Foi uma espécie de "casa aberta", como intitulou Afonso Reis Cabral, que é conhecido pela escrita e pelos livros. A afluência superou tudo o que era esperado e o próximo passo é tratar da classificação da espécie. "Passaram por aqui pessoas ligadas à Universidade e à botânica que atestaram a raridade da árvore. Deram-me pistas para iniciar o processo", declarou, surpreso pelo número de visitantes, numa época em que a magnólia está coberta de flores brancas e em que os dias de sol a tornam mais atrativa.
Sem grande alarde, colocou um simples cartaz no acesso ao pátio, visível da rua, e o trânsito de admiradores e curiosos foi fluindo. "Já ontem apareceram grupos para a ver. E hoje, antes das 11 da manhã, horário de abertura, havia gente à porta", adiantou, satisfeito por tamanha procura e orgulhoso pela encantamento da árvore que conhece desde sempre e que conta mais de um século de existência.
"Isto seria uma quinta. Quando foi construído o prédio onde vivem os meus pais, a magnólia cá estava e assim continua. Esta iniciativa, de abrir o espaço por um dia, é feita numa lógica de serviço público", explicou, enquanto os telemóveis se direcionavam para a bela espécie e captavam fotos para preservar o momento.
Através do Facebook também Afonso Reis Cabral foi dando conta da romaria até ao número 121 da Rua de S. Vicente, a morada dos seus pais, reforçando o "espanto" pela repercussão da iniciativa, mas ao mesmo tempo mais seguro de que o processo visando a classificação é o caminho a seguir.