A passagem de um carro dos bombeiros a molhar a estrada abriu caminho ao regresso da Procissão de Nossa Senhora de Antime, em Fafe, este domingo.
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A cada segundo domingo de julho a tradição secular mantém-se e transforma-se na maior manifestação de fé do concelho de Fafe e uma das maiores do Minho. São milhares as pessoas que acompanham durante pouco mais de três quilómetros as imagens da Nossa Senhora da Misericórdia, de Antime, e a Senhora das Dores, de Fafe.
Após dois anos de interregno o povo voltou a sair à rua.
"Esta procissão fez-me muita falta durante a pandemia. É uma devoção muito grande que nos enche a alma", disse, ao JN, Maria Alice Pereira, 63 anos, devota da Senhora de Antime. Debaixo de um sol tórrido e sob uma temperatura que, às primeiras horas da manhã, já batia nos 30 graus, os fiéis não esmoreceram num ano especial. "É especial porque muita gente fez promessas e agarrou-se à fé durante a covid. Foram tempos de muita incerteza e agora é tempo de agradecer", sublinhou Paulo Monteiro, 45 anos, enquanto aguardava a passagem da procissão.
Um trajeto marcado por alguns momentos que fazem com que os fiéis não consigam suster as lágrimas, como o "Encontro das Senhoras na Ponte de São José", ou a largada de pombos em frente ao edifício dos Paços do Concelho.
Ao final da tarde, uma nova procissão, desta feita de regresso a Antime.