RISEe ensina a ler através de textos, e não de letras, com resultados surpreendentes. Projeto seduz mais alunos e professores.
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A maioria das crianças que participaram no programa Rede de Inovação, Sucesso Educativo e Equidade (RISEe), adotado em todos os agrupamentos de escolas de Barcelos, atingiu “níveis de excelência” no 1.º ano e algumas no 2.º ano. A garantia é dada ao JN por Miguel Borges, consultor externo do RISEe e doutor em Estudos da Criança. Para tal, contou com o apoio de educadores, professores, psicólogos e terapeutas da fala.
“Em 889 crianças de 93 escolas do Pré-Escolar e 1.º Ciclo, 534 atingiram um patamar de excelência, pelo que superámos o que está definido para o 1.º ano das aprendizagens essenciais”, assegura Miguel Borges. Crítico em relação ao modelo de ensino tradicional, diz que em Portugal não se ensina a ler, mas a aprender as letras. “Não há crianças do 1.º ano a ler 55 palavras por minuto, do 2.º ano a ler 90, e do 3.º a ler 110, precisamente porque só se trabalha a fluência de leitura no final do 1.º ano”.