O primeiro Portugal de Lés-a-Lés Classic arranca, esta sexta-feira, com mais de cem motas construídas antes de 1995. São cerca de 500 quilómetros em duas rodas, desde Bragança até Lamego, passando por Chaves e Famalicão.
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Pela primeira vez, os amantes de clássicos vão ter o seu próprio Lés-a-Lés. O passeio, que irá juntar cerca de 100 motas, destina-se a “máquinas” com mais de 30 anos, construídas até 1995. “Constatámos que, ao longo de 26 edições do Lés-a-Lés convencional, muita gente trazia as suas motos clássicas. Portanto, esta é uma forma de acarinhar os adeptos das motos clássicas e de proporcionar um passeio mais condizente ao tipo de motas, ou seja, com menos quilómetros, estradas com bom piso e com interesse natural”, afirma Paulo Ribeiro, elemento da organização do evento.
Os motociclistas arrancam de Bragança, esta sexta-feira de manhã, em direção a Chaves, num total de 177 quilómetros. Na segunda fase, no sábado, partem de Chaves e rumam a Famalicão numa viagem de 165 quilómetros. A etapa final acontece no domingo, com 159 quilómetros entre Famalicão e Lamego. No total, as clássicas irão percorrer cerca de 500 quilómetros, todos no Norte de Portugal. Mas “não será só comer quilómetros”, garante Paulo Ribeiro. Ao longo da viagem, “vamos alertando os participantes para uma série de riquezas, não só paisagística, mas também histórica, patrimonial e arquitetónica”, acrescenta.
Apesar de existir um percurso definido e controlado, os participantes têm a liberdade de o fazer dentro do seu próprio “ritmo” e de parar para ver alguma paisagem ou simplesmente para “tomar um café com amigos”. “Há sempre pessoas da organização na estrada com controle efetivo dos viajantes, mas sem impor horários. Entregamos o percurso, mostramos alguns pontos de interesse e as pessoas vão ao seu ritmo”, explica Paulo Ribeiro.
Motas em exposição
No final de cada etapa, as motas clássicas irão estar em exposição para que os fãs as possam apreciar e até conhecer quem as conduz. No primeiro dia, da parte da tarde, irão estar no Jardim das Termas, em Chaves, no sábado vão estar em exposição na Praça Mercado Municipal, em Famalicão e, no último dia podem ser apreciadas na Avenida Doutor Alfredo Sousa, em Lamego. Além disso, os próprios participantes terão a oportunidade de conhecer algumas coleções de motas clássicas. A primeira paragem acontece em Montalegre, a segunda em Famalicão e a terceira em Felgueiras.
Para os três dias do evento a organização espera “bom tempo”, para aquela que será “vai ser uma jornada de mototurismo inédita em Portugal, ao nível europeu” e “quiçá mundial”. “Será uma boa aventura e de alguma nostalgia. Pretendemos transmitir aos participantes essa possibilidade de voltarem ao passado, de recordar as sensações que tinham a andar em motos tão diferentes, e de terem a oportunidade de conversar e de partilhar ideias com outras pessoas que também gostam de motos antigas e clássicas”, conclui Paulo Ribeiro.