Uma rede de mais de 80 espaços, espalhados pelo país, dá apoio sobre eficiência energética, energias renováveis, reabilitação urbana e produção para autoconsumo. Esta sexta-feira abriu mais um destes centros, nos Olivais, em Lisboa, depois de no dia anterior o mesmo ter acontecido em Braga.
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A Rede Espaço Energia conta com já com 86 balcões, do Minho ao Algarve, para informar os portugueses sobre estratégias e programas que podem ajudar a reduzir consumos de energia e melhorar o conforto térmico das suas casas. Estes espaços foram criados no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e são coordenados pela ADENE - Agência para a Energia. Podem candidatar-se a ter um Espaço Energia câmaras municipais, juntas de Freguesia e comunidades intermunicipais. O atendimento é gratuito e, segundo o presidente da ADENE, Nelson Lage, o objetivo é garantir "que a transição energética é para todos".
Quando a ministra Maria Graça Carvalho anunciou, em janeiro, a criação da Rede de Espaços Energia, o objetivo era ter 50 balcões. Nem quatro meses decorreram e já existem 86 espaços, há mais 28 em processo de adesão e o número de entidades com pedidos submetidos ascende a 120. Nestes pontos, os cidadãos encontram técnicos que, gratuitamente, prestam apoio e fornecem informação sobre eficiência energética, energias renováveis, reabilitação urbana, produção para autoconsumo e programas de financiamento para melhorias energéticas.
Maria Graça Carvalho lembra que a transição energética é uma reforma muito "abrangente" e pretende que estes balcões contribuam "para que os portugueses possam fazer escolhas que estejam alinhadas com a luta contra as alterações climáticas, mas que melhorem também a sua qualidade de vida e condição económica". Para Nelson Lage, presidente da ADENE, "estes espaços não são apenas balcões de atendimento, mas sim pontos de transformação comunitária". O objetivo é "garantir que, em todo o país, as pessoas possam fazer parte da transição energética".
Baixar a fatura da luz
A Rede de Espaços Energia funciona como ponto de recolha de dados para o Observatório Nacional da Pobreza Energética e vai servir para promover programas como o E-Lar- trocas de equipamentos obsoletos por versões energeticamente eficientes- e o Bairros Mais Sustentáveis - para tornar as áreas urbanas mais eficientes no uso da energia. Na prática, o que se pretende é que as pessoas que se dirigem a estes espaços, saiam com soluções personalizadas, para baixar a fatura de energia. Uma das situações mais comuns é o aconselhamento ao nível dos tarifários energéticos.
O projeto tem um financiamento de três milhões de euros, garantido pelo Fundo Ambiental. O apoio para a abertura de um balcão é de 50 mil euros e podem concorrer entidades locais: câmaras municipais, juntas de freguesia, comunidades intermunicipais. As candidaturas para a abertura de novos balcões Espaço Energia estão abertas até ao dia 30 de maio.