A Administração Regional de Saúde do Centro revelou esta quinta-feira que 82 jovens do acampamento de escuteiros espanhóis onde ocorreram mais de 50 casos de intoxicação alimentar, numa praia da Tocha, "estão a ser acompanhados por técnicos" da ARS.
Corpo do artigo
"O estado de saúde do grupo, que se encontra agora instalado na sede do Agrupamento de Escolas Gandra Mar, não inspira cuidados", acrescenta a assessoria de imprensa da ARS, em nota divulgada ao fim da tarde.
O acampamento da praia do Palheirão, concelho de Cantanhede, que albergava 160 escuteiros espanhóis, onde ocorreram várias dezenas de casos de intoxicação alimentar, foi encerrado esta quinta-feira.
"Os restantes jovens, que quarta-feira à noite e durante o dia de quinta-feira foram atendidos nas urgências hospitalares devido a sintomas de gastroenterite, apresentam na generalidade um quadro clínico favorável, sem complicações. Todos se encontram em recuperação ou já recuperados", segundo a ARS do Centro.
Na sequência da "pronta intervenção do INEM", foram atendidos em hospitais da Região Centro (Hospitais da Universidade de Coimbra, Hospital Pediátrico Carmona da Mota, Hospital Distrital da Figueira da Foz e Hospital Infante D. Pedro) cerca de 60 jovens, desde a última noite.
"Até ao momento, e no âmbito da investigação epidemiológica, técnicos de Saúde Pública da ARS encetaram medidas sanitárias e ambientais de prevenção, incluindo colheita de amostras de produtos biológicos e de água para análise laboratorial", de acordo com a nota.
Às 18.30 horas, estavam ainda seis jovens em observações no Hospital Pediátrico Carmona da Mota, em Coimbra, de acordo com uma fonte desta unidade de saúde.
Ao todo, desde a noite passada, foram assistidos neste hospital 25 doentes que estavam acampados no Palheirão.
O estado de saúde dos que permanecem no Hospital Pediátrico "não exige especiais cuidados", adiantou a mesma fonte à Agência Lusa.