A vila do Gerês, em Terras de Bouro, no coração do Parque Nacional da Peneda-Gerês, voltou, este domingo, a transformar-se no epicentro de uma "verdadeira festa do ciclismo", com a 10ª. edição do Gerês Granfondo, que juntou mais de mil participantes
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"Este é o mais antigo Granfondo do país e tem uma envolvência especial, porque desenrola-se em paisagens de enorme beleza, o que acaba por ser mais um atrativo para participar", disse ao JN o diretor da organização, Manuel Zeferino.
Segundo o antigo ciclista profissional e dirigente desportivo, a crise económica tem "tido alguns reflexos negativos", nomeadamente ao nível de participantes, mas não faz esmorecer a vontade da organização. "Esta é uma iniciativa já bem enraizada, de que as pessoas gostam e que em 2024 estará de volta", sublinhou Zeferino.
Com partida e chegada no centro do Gerês, a prova passou ainda pelos concelhos de Vieira do Minho e de Montalegre, tendo sobretudo fins lúdicos, embora com classificações. Tal como nos anos anteriores, a organização desenhou três percursos, com 150, 96 e 46 quilómetros.
É impossível não ficar fascinado por toda a natureza que nos rodeia
As maiores dificuldades ficaram localizadas em Fafião e na Ermida, com duas subidas que, apesar de curtas, têm fases em que a inclinação supera os 10%. "A subida da Ermida é extraordinária e de uma enorme dureza. Dava vontade de levar a bicicleta à mão", contou José Marques, de Aveiro, que chegou à vila do Gerês acompanhado pela mulher, Lúcia Mateus, para participar pela primeira vez nesta iniciativa.
"Já é o sexto Granfondo que faço, mas a primeira vez no Gerês", sublinhou o aveirense, que assegura que "é possível desfrutar da natureza" durante o percurso. A ideia é sublinhada por José Carlos, da Póvoa de Varzim, também um estreante. "É impossível não ficar fascinado por toda a natureza que nos rodeia", garantiu o ciclista ao JN.