Mais um ano de concessão do Edifício Transparente, que continua sob ameaça de demolição
A Câmara do Porto vai prolongar mais um ano o contrato de concessão do Edifício Transparente, que continua sob ameaça de demolição no âmbito do plano da orla costeira Caminha-Espinho.
Corpo do artigo
A proposta para estender o contrato de concessão com a Hottrade vai à reunião de Câmara na segunda-feira.
Em junho de 2004, a Casa da Música, então responsável pelo imóvel, construído no âmbito da Capital Europeia da Cultura de 2001, celebrou um contrato de concessão com a Hottrade por um período de 20 anos. Em 2005, a Câmara do Porto assumiu a posição da Casa da Música. E foi já a autarquia que, em 2024, prolongou concessão do imóvel por um ano. Uma decisão tomada tendo em conta que o plano da orla costeira, aprovado em Conselho de Ministros, previa a demolição do Edifício Transparente no intervalo temporal de 2019 a 2028.
De acordo com a proposta que vai agora ao Executivo, esta previsão mantém-se, pelo que o município optou por prolongar por mais um ano a concessão. Até porque, refere o documento, "o concessionário cumpre com a obrigação contratualmente prevista, relativamente à taxa de ocupação do edifício (não pode ser inferior a 90%), verificando-se que todos os espaços estão, atualmente, ocupados".
O edifício tem uma área total de 3693 m2, dos quais 1612 m2 são cobertos, 1561 descobertos m2 e 520 m2 são área privada de utilização pública, destinado a comércio/serviços. Tem cave, rés-do-chão, dois pisos e mezzanine. A renda mensal é de 12.764,04 euros.